Em defesa da vida...

Posted: quinta-feira, 30 de dezembro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: ,
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E eis que hoje acordo lembrando de uma história que aconteceu no ano passado. A história era a de uma menina de nove anos que tinha sido abusada sexualmente pelo padrasto. E para piorar a coisa toda, ela havia ficado grávida de gêmeos dele. Como seu corpo ainda não estava preparado anatômica e fisiologicamente para dar à luz, os médicos decidiram realizar uma aborto. O arcebispo decidiu então excomungar - expulsar da Igreja Católica - os pais da menina, a própria menina e os médicos envolvidos no aborto, sob acusação de que o aborto é uma ato grave contra a vida.
No mesmo instante, me vieram à cabeça vários pensamentos, todos centrados mais ou menos na mesma coisa. Primeiro, a Igreja parece não raciocinar.  Essa menina nunca que teria condições físicas e psicológicas de ser mãe de gêmeos aos nove anos de idade. Além disso, a constituição é clara quanto ao aborto: ele é permitido em caso de estupro e no caso de oferecer risco à vida da mãe. Ambos eram os casos da menina. Então, porque não deveria ser liberado? Por mim, NESSE CASO nem precisaria de leis liberando.
Além disso, tem outra coisa que me indigna mais ainda. A Igreja se diz protetora da vida, por isso teve que excomungar essas pessoas, pois o aborto é atentado contra a vida. Mas espere aí, um estupro a uma menina de nove anos - sendo isso também pedofilia - não seria um atentado contra a vida, nesse caso até maior que o aborto em si? Eu acredito que sim - me desculpe se você achou isso um absurdo, mas problema seu! Ela se diz protetora da vida, mas nem se importou com o estupro praticado pelo padrasto da menina, nem se quer o excomungou - não que fosse fazer alguma diferença, no sentido prático -, o que demonstra que a Igreja considera que o aborto é mais grave que o estupro e a pedofilia.
Onde está a defesa da vida, tão pregada pela Igreja? Onde está a misericórdia? Agora eu me lembro que muitos bispos pelo mundo inteiro foram acusados de pedofilia e nada aconteceu com eles. Será que o papa tornou tão sacro a pedofilia na igreja quanto a comunhão? Parece ser essa a linha de raciocínio.
Eu achei na internet um artigo sobre a posição do filósofo frâncês Michel Onfray, que além de comentar o caso, lou sobre algumas das posturas da igreja, entre as quais em relação ao aborto, além do papel da filosofia e da religião na atualidade.
"Eu li na imprensa francesa que, para o bispo de Recife, o estrupo é menos grave que o aborto. Quando alguém lhe perguntou porque o padastro não foi excomungado, ele respondeu que 'dar a morte é mais grave'. Dar a morte a um feto é mais grave que o estupro e a pedofilia? (...) Ela (Igreja Católica) pretende defender a vida, mas ela não a defende. Onde está a dignidade nesta aventura? O que se pode chamar de vida? Onde ela se encontra? Numa manifestação biológica? (...) A Igreja defendeu a vida ao dar a bênção às bombas atômicas que explodiram em Hiroxima e Nagasaki? Ela defendeu a vida ao dar a bênção às armas que serviram para assassinar os republicanos espanhóis durante a Guerra da Espanha?. A Igreja pretende defender a vida, mas o que ela defende é o poder em vigor. Na verdade, o que fascina a Igreja é a morte. É a morte que lhe interessa. (...) A Igreja somente demonstra o que ela foi e é, colocando-se sempre ao lado dos fortes, dos poderosos, da colaboração. Ela não resiste. Ela não se preocupa com os pobres. Ela não demonstrou misericórdia a este ser frágil que foi violentado pelo padrasto. Ela não apoiou esta menina. Ao contrário, ela ainda a afligiu, considerando-a até culpada e responsável."

É por isso que eu deixei a Igreja Católica. Não pense que vim aqui mostrar que sou "sem religião", e ficar com aquela ladainha de sempre. Só quis mostrar um PORQUÊ de todas as minhas posições religiosas. Na época do ocorrido, eu ainda "era" católico, e fiquei indignado e chocado com a posição estúpida e hipócrita do bispo. E só de lembrar fico ainda mais indignado, mas o que eu penso não importa agora. Só queria mostrar a vocês o que realmente acontece nesse âmbito "sagrado".



P.S: Clique aqui para ler o artigo que eu citei nesse texto.

Christmas Lies

Posted: sexta-feira, 24 de dezembro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: ,
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É tempo de natal e ano novo, época em que os seres humanos decidem se juntar para promulgar a paz mundial nos meios de comunicação, nas lojas, em toda forma de mídia e consumo. Acho que já deu para você perceber minha posição sobre essas datas. Mas tudo depende no final da contas do (seu) ponto de vista. O objetivo desse texto é, em sua essência mais remota, expor minha opinião e posiçaõ sobre o natal, especificamente.

Vamos por partes. Qual o significado original do natal? É celebrar o nascimento do filho de Deus. Agradecer por ele ter salvo a humanidade. Não é isso? Bom, foi o que eu aprendi na família e na escola principalmente. A questão é: eu nunca vi absolutamente NINGUÉM se lembrar disso; só o que vi nesses meus quinze anos foi meus familiares se reunirem na noite do dia 24 de dezembro e beberem a noite inteira e uma parte da madrugada e ouvirem forró (essa última parte é de uns 5 anos pra cá). Onde fica o significado religioso da data? Na hipocrisia cristã, porque eu não vejo nada disso!
Outra coisa: o natal é pra celebrar o nascimento de Jesus, o filho de Deus que salvou a humanidade. Nada disso! A meu ver, a humanidade não está salva coisíssima nenhuma, ao contrário: está cada dia pior, mais podre e suja.

Outro detalhe que irrita MUITO está também na questão religiosa. A igreja prega que deve-se viver de forma humilde, sem luxo algum, só com o necessário. Mas não é isso que vejo. Vejo o auge do capitalismo. Lojas e mais lojas fazendo propagandas e mais propagandas de produtos natalinos, tudo para esgotar o décimo terceiro salário do povo brasileiro. Tudo uma forma de marketing em busca do lucro desmedido. É o momento em que o capitalismo cresce e as pessoas percebem menos do que no resto do ano, pois estão plenamente imersas nele.

E mais: todos desejam paz para todos, sendo que quase não se falam, ou não se falam mesmo. E insistem nisso! "Ah, como é natal, vou falar com ele, nem que seja para desejar feliz natal! Depois ele me esquece e eu esqueço dele!" Isso não cola comigo. Eu só desejo Feliz Natal para aqueles que eu julgo merecer, e que tenho uma convivência legal e agradável (nem precisa ser tão agradável assim). Por que eu desejaria paz para uma pessoa que nem tenho contato? É demais para mim. Aguento tudo isso à força.
E ainda por cima vêm falar em "paz mundial" e derivados. Aí a coisa me irrita de vez! "Vamos agradecer a Deus pela mesa farta durante esse ano, pelo lar que temos e pela paz mundial...". E as pessoas que mal têm o que comer? E as pessoas que usam como lençol páginas de jornal? E as famílias arrasadas pelos conflitos internacionais? Como ficam todos esses? Onde está a benção de Deus nesses momentos? Que pai é esse, que deixa seus filhos se destruírem?

Se milagres existem? Sim. Exemplo: eu ainda acredito em Deus, mas não da forma cristã. Eu caí fora do cristianismo e sua hipocrisia há mais de um ano. Se você se sentiu ofendido com essa minha declaração, PROBLEMA SEU!!! Eu já tô de saco cheio dessas esperanças falsas.
Se você acredita na paz natalina, bom pra você. Faça bom proveito dela, mas com consciência de que o mundo não é essa coisinha bonitinha pregada por você sabe quem/o quê.



P.S: Montei uma playlist aqui no blog que acrescentam mais vigor ao texto, e que faz parte da minha "trilha sonora natalina". Veja aqui.

P.S.2: Coloquei um conto de Marcelino Freire na seção "Citações" deste blog. Veja aqui.

Chiaroscuro

Posted: quinta-feira, 16 de dezembro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , , ,
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É uma já conhecida minha, mas parece que eu nunca a senti. É algo tanto estranho quanto velho 'amigo'. São muitas reviravoltas nesse pequeno universo de uma página. Engraçado, hoje choveu. Minha tarde e noite foram não perfeitas, mas agradáveis. E ao mesmo tempo estranhas. As sensações frente-a-frente.

De um lado, minha insustentável leveza, tornando-me aquele pássaro que canta alegremente sob a luz do alvorecer e do pôr-do-sol.
Do outro, minhas bufadas de cansaço e insatisfação com as autoridades, mostrando-me algo plenamente insustentável, e ingerível à força, porque digerir isso é foda!

Estamos pagando um salário para alguém que não trabalha. Eu mal recebo um salário para trabalhar. Estamos custeando o intercâmbio de seus filhos. Eles nem sequer nos dão um caderno para ir à escola.

(Pausa. Gostaria de registrar aqui uma palavras que escrevi hoje mais cedo. Uma ex-página em branco. Neste espaço, nada mais passa a fazer sentido. Pelo menos não o mundo. Essas linhas são como o Big Bang. Mais um universo. E como todo universo, uma hora a explosão se contrai. Talvez recomece; talvez não. Tudo depende de ocasiões, e pronto. Tudo começa, tudo termina. Continuemos.)

Eles acham que tudo isso é pouco. Eu acho que o meu é vazio. Quem sabe assim temos o branco e o cinza? O problema é o cinza: tem horas que ele quer ser o branco, e tem horas que ele quer ser o preto. Aí fica difícil. E pior: é um deles dois, só que vestido do outro.

Everything in it's right place? Maybe yes, Maybe not. Se for assim? Eu acho que não. E o que acharia um miúdo de gente? Tá bom, essa última pergunta foi meio ruim, mas fica a questão pra quem a desejar.

Tudo perece só aumentar no final das contas e impostos. E as bandeiras brancas continuam a ser hasteadas nessa época de mentiras brancas. Talvez eu não consiga, mas vou tentar apresentar minha verdade preta, pra ver se as coisas ficam meio cinzas (É porque eu acho que o arco-íris seria mais bonito se fosse em escalas de cinza).

E tudo fica cada vez mais branco, sabe? Bandeiras, lenços, paredes, páginas, retinas... Precisamos de focos escuros. Nothing in it's right place!



"There are two colours in my head
There are two colours in my head
What, what is that you tried to say?
What, what was that you tried to say?"

Feliz aniversário Clarice!

Posted: sexta-feira, 10 de dezembro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: ,
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Hoje é 10 de dezembro de 2010. Hoje o dia começou com chuva em minha cidade. Uma sexta-feira. Perfeito! O último dia da semana começando com uma chuva. E não chove faz um tempo, posso dizer. E a chuva tem um significado filosófico pra mim. Pra mim não é apenas a água que sai das nuvens porque estas últimas saturam num detreminado momento. A chuva é um momento de reflexão para mim, um encontro com meu interior.
E descubro que hoje é aniversário de uma grande escritora - pra mim a maior - brasileira: Clarice Lispector. Não conhecço muito Clarice. Até agora só li um livro dela, o último, A Hora da Estrela. Mas fiquei maravilhado com aquele livro. O melhor livro que eu li esse ano, não só os trabalhados pela professora, mas no geral.
O jeito introspectivo, existencialista, mostrando que todos nós somos um mero acaso. Nascemos e pronto. Como podíamos muito bem não ter nascido. Morrermos no quarto mês de gravidez de nossa mãe. Ou poderíamos ser grandiosos, ou poderíamos ser um monte de coisas...
Aí de repente chove hoje. Imediatamente remeto à Macabéa, personagem principal de A Hora da Estrela, e a personagem menos notada da história. Ela não é importante, isso é fato. Assim como todos nós. Somo facilmente substituíveis, e passamos a vida inteira tentando mudar isso. Porque sem utilidade, somos o vácuo. Mas aí eu me dou conta de que eu não preciso ser útil pra ser feliz. A filosofia não tem utilidade (imediata), mas mesmo assim muitos a adoram! Não preciso estar pesado pra me dar conta de eu estou vivo! Basta eu estar cheio (não completo!), e mesmo assim eu serei leve.
É por isso que eu digo que Macabéa é uma de minhas heroinas.

Se Clarice ainda estivesse viva, estaria completando 90 anos hoje (10 de dezembro). Nos deixou vários livros. E não apenas isso. Mas também, eu acho, (anti-)herois plenamente substituíveis. É muito triste saber que ela se foi com um câncer inoperável no ovário, sim. Mas sinceramente, acho que se ela continuasse viva, ela teria se suicidado recentemente, pois as coisas estão absurdas.
Todo mundo acha que é mais especial do que o resto do mundo, ninguém se toca que somos só mais um entre 6 bilhões e meio. O mundo hoje insiste em sobreviver a todo custo, sem se importar com as condições dessa sobrevivência. E tudo e todos são explorados até secar! Ela não teria aguentado.

E viva Clarice!


P.S: Vejam o trecho de "A Hora da Estrela" que eu coloquei na seção Citações. Achei interessante colocar alguma citação dela.
P.S.2: Leiam A Hora da Estrela. É um livro maravilhoso, e você vai perceber o quanto "mais um" nós somos.

Jingle Hell

Posted: sexta-feira, 3 de dezembro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: ,
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Bem, finalmente chegamos no mês de Dezembro, o último mês do ano; o mês onde começam os preparativos para as festas de fim de ano; as compras de Natal e de Ano Novo; onde se iniciam os momentos de reflexão, o que fazer e o que não fazer no ano seguinte; e coisas do gênero. Entretanto, é o mês que termina o ano letivo nas escolas. E antes do fim, vêm a enxurrada de provas, trabalhos e atividades, tudo de uma vez só!
Pois é, este é o mês do aperto para mim e para centenas de outros alunos de minha escola. Trabalhamos o ano inteiro, mas nesse período é que a coisa toda se junta num período de tempo menor e na verdade só faz aumentar. Praticamente não temos tempo para nós mesmos, temos que focar quase inteiramente nas atividades acadêmicas. Alguns até envolvidos com projetos que se desenrolaram ao longo do ano (certo, alguns tiveram certos probleminhas!).
É a época em que os desesperados depositam toda a sua fé e esperança, pois não se deram muito bem no resto do ano com relação a algumas disciplinas. E mesmo os que se anteciparam para não se preocuparem agora estão preocupados e desesperados, como é o meu caso!
Simplesmente estamos cansados e esgotados. Mas parace que temos uns poderes de Fênix impressionantes, que não nos deixam morrer antes do tempo! E ainda tenho minhas dúvidas sobre a razão de ainda estarmos vivos!
E do cansaço e da exaustão, surgem os velhos "amigos" estresse e irritação. É provável que você tenha noção do que estou falando. Não raciocinamos direito, ficamos irritados com qualquer coisa e tal. Hoje por exemplo minha turma simplesmente perdeu o controle em 10 minutos ao saber que perdermos algumas horas vitais para a realização de um trabalho. Embora ano passado tenha conhecido o final do ano na minha escola, esse ano eu me surpreendi com a situação.
O que tem me mantido vivo e inteiro talvez seja a música, vital para mim. A única coisa que me faz ter forças para eu me levantar da cama quando acordo de manhã cedinho é saber que pouco tempo depois eu vou ouvir os sons de meu agrado. Pena que nem todos possam usar disso para se sentirem melhor, eu acho.
Felizmente minha preocupação não está em me matar de estudar por causa de nota, quanto a isso não estou preocupado. Minha preocupação está em não alcançar meus objetivos de forma completa. Eu não quero simplesmente passar de ano, quero passar de ano com um bom rendimento, não só acadêmico, mas no que aprendi nos 200 dias letivos.
Sabe o que é mais interessante e irônico, até?
Que nós gostamos de tudo isso; gostamos de passar o ano estudando e aprendendo, envolvidos em projetos e afins. Isso é o que talvez realmente nos dê forças para prosseguirmos e insistirmos nisso.

Mas nós não aguentamos mais, e todos os dias, em vários momentos, clamamos pelo fim das aulas!

Tropa de Elite III

Posted: terça-feira, 30 de novembro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , ,
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[Quando eu digo que vou ter alguma inspiração pra escrever aqui é porque vou ter mesmo, e cedo.]

Nessa última quinta-feira, minhas ideologias desmoronaram. Eu simplesmente fiquei pasmo diante da cena. Uma guerra entre militares e traficantes. Isso já vinha ocorrendo já faz alguns anos, mas essa de agora foi indescritível. Talvez porque foi com isso que eu percebi que eu ainda me importo com a humanidade, e me importo MUITO!!! E percebi algo que com certeza vai me mudar para sempre: a paz mundial é uma farsa criada pela Igreja em conjunto com a mídia! Todas a bandeiras brancas pelas quais sonhamos são histórias de desenho animados para crianças de 7 anos e novelas do Manuel Carlos, onde vai aparecer o herói, derrotar o mal definitivamente e tudo vai acabar com um final feliz!
MENTIRA!!! Não existem finais felizes! Você acredita no que vê sobre herois e malfeitores? Isso nada mais é do que o Colapso do Século XXI, descrito pelo Green Day. Cara, chegaram a usar armas e tanques que se usam em guerras de alto nível! A que ponto chegamos e deixamos a coisa chegar? Se você acha que alguém vai chegar naquele inferno e acabar com essa situação e todos ficarão felizes, você é um grande iludido! Pra começar, 7 pessoas já morreram no confronto. Segundo: uma guerra, por mais insignificante que seja, não tem um final feliz. Não existem finais felizes, reafirmo!
Aí, quando eu digo que a humanidade não tem mais jeito, me chamam de ateu e afins. Bom, se a coisa continuar como está, esse será meu caminho! Eu queria muito um deus pra me guiar, mas parece que esse mesmo deus jogou o mundo no lixo! Não está nem aí pra sua cria. É pior do que aqueles pais que fazem um filho e abandonam depois que eles nascem. Mas isso não vem ao caso agora. Ainda não perdi todas as esperanças!
Mas não acredito mais em paz mundial!!! E aí vem a mídia nos preocupar com os países do Oriente Médio, quando devemos nos preocupar com nosso país. Não há sarcasmo que sobreviva a essa situação! Quem parecem ser os herois não são o que achamos que é. Eu desisti de herois há alguns meses. O heroi dos quadrinhos, pelo menos - pra falar a verdade, nunca gostei do Superman; só que não sabia que achava o Coringa e o Batman legais e os únicos que prestam naquela merda. Me dá nojo esses super-herois. O mundo tá precisando de anti-herois, já que parece que nada mais dá jeito!
Bom, de um certo tempo pra cá, tenho adotado uma teoria de uma de minhas bandas favoritas, Muse: a Terceira Guerra Mundial já ocmeçou e nós que somos estúpidos o sufuciente para não percebermos antes.

"E sem saber pra onde ir..."

Posted: quarta-feira, 17 de novembro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , ,
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Nada como chegar em casa depois de um dia de trabalho. Chegar , tomar um banho, jantar e ficar na frente do computador. É muito bom. Mas está faltando um pedaço desse momento: o meio, o trajeto até o Lar Doce Lar. A estrada onde você simplesmente põe em risco a sua vida. Onde, em certas ocasiões, você pode conversar com seus amigos da escola e se sentar no ônibus. Em certas ocasiões, porque nem sempre dá pra ir sentado.
São dois ônibus. Só quem tem vez que, um deles falta. Aí já viu no que dá, né? Dezenas de pessoas em pé com uma trilha sonora nada agradável. E temos que passar por isso, porque hoje o que se prega é a sobrevivência a todo custo. E ai daquele que não seguir essa crença. Mas já que esse é o jeito... Como diz um amigo meu, "é o que tem pra hoje".
Isso levanta uma questão que eu havia esquecido há algum tempo: mesmo que as coisas sejam sofridas desse jeito, será que não poderiam ser diferente? Será que seria difícil tornar esse situação um tanto melhor? Custava muito terem providenciado um outro ônibus para a gente? Podia ser que não! Mas nesse caso, eu me conformaria com uma explicação do tipo, "não deu pra conseguir outro ônibus porque não tinha avisado mais cedo, e tem que ser com antecedência", ou então, "achava que o outro motorista viria, mas acabou não vindo, então vai ter que ser só um ônibus mesmo...". Coisas desse tipo me satisfariam. Mas só ouvi: "é só um ônibus". E os próprios alunos disseram.
Não me incomodei de ir em pé - não que eu queira que isso se repita frequentemente -, de verdade. Mas as condições do veículo... Um ônibus menos barulhento ajudaria e MUITO. Não importa se fosse uma música que eu gostasse, volume de som tem limite! Tem horas que não dá MESMO! Acho que não tenho do que reclamar quanto ao tamanho. É o tamanho de um ônibus normal.
Acho que é só isso mesmo. Claro que ainda podia ser diferente.

P.S.1: Ajuda se você tem amigos por perto. Portanto, somente se afaste de onde eles estão sentados em última circunstância, e reflita se mesmo assim não há outro jeito.
P.S.2: Uma trilha sonora de seu agrado é a chave para sua sobrevivência. Por mais que coloque nas caixas do veículo uma música que você detesta, use seu aparelho eletrônico de música. Não importa o estilo ou ritmo. Eu coloquei Foo Fighters em meu MP4.
P.S.3: Essa situação me remeteu a uma música em particular. (Clique aqui para ouvi-la no YouTube)

Jesus of Suburbia

Posted: sábado, 13 de novembro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , , ,
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E era uma vez um rei que via seu povo passar fome em sua própria terra. Era também um rei deposto. Agora vivia na sarjeta. Não podia mais esperar. Mas os outros esperavam. Não se importavam que sofriam. Eles seriam salvos. E continuavam a esperar pacientemente pela chuva de trigo que simplesmente não sabiam quando aconteceria.
Eles eram abarrotados de livro educativos em suas estantes. E para eles isso era o suficiente. Algo a mais, era uma afronta à moral e aos bons costumes. E todos iam ao mesmo mercado todas as manhãs, e viam os mesmos vendedores e os mesmo atendentes de caixa. E todos os dias alguém teimava em falecer. "Infarto", diziam sempre os mesmos médicos do posto de saúde nas mesmas rodas de fofoca.
E ninguém se atrevia a descobrir porque tinham infartos do miocárdio aos 30 anos de idade em perfeito estado de saúde. Seria outra afronta à moral. Porque saber de algo que não estava nos livros feito pelo distrito era pecado. Mas isso é outra história. So temo que eles leiam isso.
Mas nada disso era problema. A paciência deles era soberana. Esperavam pacientemente que do nada toda essa situação melhoraria. A chuva de trigo cairia por fim. Tudo estaria resolvido. Não haveria mais nenhuma preocupação. Everything will be right.


No entanto, estou imensamente irritado - uma ostra produzindo pérolas. Eu não pretendo olhar para a parede branca e dizer: "Que deus me ajude"! Nada se resolverá por si só. No fundo, o universo é inerte. Nada se move a menos que se aplique uam força, já dizia Newton. Até porque ninguém irá me/nos ajudar. Temos que nos ajudar.
E daí que não vai ocorrer outro dilúvio? O mundo tá se acabando (entenda-se a humanidade) do mesmo jeito. A questão é: um relojoeiro não irá bater a minha porta e me dar um manual de instruções de como se constrói uma arca. Isso não existe.
Pode até ser que esses pensamentos não lhe agrade, but I control my brain, OK? Então, por isso eu grito (ou pelo menos tento), antes que eu diga de vez que o mundo é péssimo. Nosso tempo está acabando. E os gregos não criaram um deus dos subúrbios.

Uma de minhas esperanças

Posted: sexta-feira, 12 de novembro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , , ,
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Sinceramente, já perdi quase todas as minhas esperanças na humanidade. É cada uma que eu ouço de um bocado de gente, que chega a me dar nojo, e vomitar na car ado indivíduo. Talvez esteja aí minha felicidade. QUASE. Ainda há alguns em que eu deposito minhas fichas. Mas vamos la, ainda não é disso que eu quero falar.
Ontem à tarde, eu li um texto em blog de um amigo meu, André Magri (clique aqui para ler o texto), e ainda estou tentando digerir o fato mencionado lá, mas parece que eu vou vomitar mesmo, como eu disse no início desse texto.
Eu simplesmente ainda não consigo acreditar que professores achem que estudar outras culturas seja algo fútil ou "coisa do demônio". Isso surgiu a partir do tema do desfile do município de Ipanguaçu, cujo tema é a África. Como fica a educação brasileira conduzida por esses idiotas, cérebros de ervilha? E não tenho medo de usar essa linguagem. E interessante lembrar que eles passaram pela universidade. Com isso, eu penso duas vezes se quero ou não fazer universidade algum dia.
Mas o que mantêm viva minha esperança são os alunos dessas escolas. Ao passo que seus respectivos professores mantêm essa crença, esses estão lendo e conhecendo esse gigantesco universo cultural, lendo sobre identidade, livros de autores africanos e tal. O livro didático é bom, pois serve de auxílio para o aluno. Mas ele não é necessário, muito menos vital para a formação acadêmica de alguém, como roga a maldita "prole universitária".

Parabéns aqueles que idealizaram esse projeto, e parabéns aos alunos pelo interesse. Joguem na cara desses professores imbecis que vocês estão num nível acima deles, pelo não tão simples motivo de que vocês quebraram as barreiras do preconceito.

Eu não sei o que faria na frente desses professores de merda. Provavelmente daria um soco na cara de cada um, depois cuspiria. Meus bons modos com a sociedade está indo pro ralo a cada dia que passa.

Do it yourself

Posted: quinta-feira, 11 de novembro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: ,
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Ontem foi um dia talvez não especial, mas diferente. Esse é o primeiro fato. Ontem foi o dia em que nossa revolta e determinação foram colocadas pra fora. Esse é o segundo fato. Não encherei linguiça. Escreverei apenas o que eu achar necessário e o que sair da minha cabeça. Esse é o terceiro fato.

Recentemente eu e mais alguns amigos enviamos um trabalho para um evento. Fomos aprovados. (Descrição sucinta) Aí o que faltava fazer era solicitar à nossa instituição, recursos para irmos até a outra cidade (Santa Cruz/RN) para apresentarmos no IFRN de lá. Como estava em cima da hora, não tinha como providenciar para antes da viagem. Além disso, deram uma desculpa de que era necessário um professor para liberar a verba. No final, não conseguimos essa tal verba.
Vocês devem estar imaginando que tudo terminou aí, pois seria impossível viajar, não é? Totalmente errado. Era impossível conseguir verba com a escola, mas não viajar. Iríamos apresentar se quísessemos. Por conta própria. E fomos. E apresentamos. E foi um sucesso. E fomos elogiados pelos professores. E parabenizaram nossa iniciativa com o grupo de pesquisa.
Conclusão: essa "aventura" não foi um erro. Mas o que me deixou, digamos, chateado, é que parece que desde o início dessa jornada, não queriam que fossemos apresentar esses trabalhos. Peço desculpas se estiver enganado, mas foi minha primeira impressão, diante de todas essas dificuldades existente.
É impressionante como nossa vontade pode superar os obstáculos, e que feitos podemos realizar. Ao realizar essa façanha, me lembro muitos dos cantores punk que usavam somente três acordes para fazer música. E música de qualidade, vale ressaltar. E eles não dependiam de ninguém para fazer o que gostavam e desejavam. Não nego que me senti um pouco como eles ontem. Viajamos com nossa própria g(r)ana, que não era muita, e no final nossos resultados foram satisfatórios.
Isso é muito bom, mas eu realmente espero que na próxima vez, deem mais 'importância' à nossa iniciativa. Desde que nosso professor-orientador se transferiu deste campus, as coisas têm dado errado nesse aspecto.

P.S: Eu estava muito nervoso na hora da minha apresentação. Lembrando agora, acho que não falei coisa com coisa. Eu tive que colocar minhas mãos atrás das minha costas para ninguém perceber que eu estava me tremendo de nervosismo. Mas devem ter percebido pela minha voz gaguejante. =D

Desigualdade das dores fenecidas/Fetiche da dor/ Lágrima que correu porque não andou antes

Posted: sábado, 6 de novembro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: ,
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Poema escrito por mim (Luis Tertulino), Nayara Priscila e Hugo Telles. Esse poema foi escrito durante uma conversa de MSN, onde cada um foi falando um verso!

Que os sonhos derramem-se pelo tempo inexistente
e a raça humana se ponha em ternura abundante
que meus sorrisos não se revelem em um retrato
Retrato de dor frenética
a solidão inacabada dos homens
na solidão, alguns sonhos fumados
Fumaça de tristes nostalgias me tomam
corrompido por todas as tragédias, estou bem. Mas meus ossos ardem... não sei
perseguido pelo morcego, e ao acordar, as luzes da dor
Sombras dissipam-se em meus medos, tragédias antecedentes
E assombrado. Porque existe sim: infinito
Um infinito de beleza negra, pálida como o dia mais preguiçoso
Desse infinito existente dissolve-se dor e amor
Quebra-se o céu, a vida, a dor, sobra seus olhos como consolo do meu amor
amores e dores, ardores. Fedem. Não suporto e, curioso, parto para vê
um consolo de pavor, uma dor no ferro, uma ternura perdida, “sem saber pra onde ir”
Falece meus dias, deixem as negligencias da alma, partam como partem as almas
já não ouço mais clamores, e corro apressadamente ao ver que não vejo,que me veem 
[cansado por aí
cansado da alma no espelho, de dizer, “preciso de um corpo”
Entre a trégua da minha alma e meu espírito, choro como quem chora sem amor
andando por entres as estradas mais longas. Escuras, e lágrimas
uma lágrima tão sem vazão, um amor banhado na mágoa
Sentirei a dor da escolha de estar pisando em sangue e lagrimas
e tudo que era pra ser um dia no jardim, virou na chuva de minha glória
a glória dos meus dias de inferno e infernos
quando sua voz é falha, suas lagrima falaram pela dor em mim, choro por nao ser assim
o inferno de sonhar, um sonho cantado, uma canção pela lágrima, uma lágrima roubada
Sonhos encarecidos de você, Carência de fabulas, Dores de amores mal amados
uma corrente dando voltas pelo pescoço e me lançando longe
preso na corrente. sempre a mesma chuva. sempre a mesma dívida. uma lágrima. e só.
Quero cair no mar de lagrimas, o mar da desilusão crescente
Quando meus olhos não sustentam as lágrimas defasadas
quando meus pés não aguentam meu corpo ensaguentado
quando minhas mãos não toleram mais meu rio transbordado
quando minha mãos não suportam a dor de meu sangue misturado a lagrimas
quando sinto todos os pesos. Pesando sobre mim
Ta na hora de dobrar-me, que dissocie-se da alma a vida, que a respiração falhe na frase “te amo minha querida”

E ele ainda é tão só...

Posted: by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , , ,
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Eu sinceramente não sei viver sem a solidão. É algo essencial ao meu organismo, assim como a água ou a Vitamina D - embora essa última eu dispense em certas ocasiões, principalmente quando estou só; nesses casos eu simplesmente não saberia VIVER sob o sol.
É vital principalmente para o meu espírito. Viajar para o meu próprio mundo de vez quando se faz necessário. Como essas duas entidades estão unidas - sabe-se lá como -, ambas se beneficiam do momento.

Pela primeira vez na via eu não me incomodei de lavar, enxugar e guardar a louça. Talvez tenha sido pelo fato de que eu coloquei um CD no aparelho de DVD daqui de casa - finalmente ouvi TODO o OK Computer, do Radiohead. Pode ser, não tenho certeza.
Em seguida CORRI para tomar AQUELE banho! A água descendo e escorrendo por você; fazer a barba adolescente aproveitando que você se ensaboou. Tudo isso com o álbum Pablo Honey - do mesmo artista - como trilha sonora.

Esses são os poucos momentos que eu fico a sós comigo mesmo. Na qual eu me desnudo de mim mesmo. Quase como trocar de pele! E pensar que será assim tbm no dia seguinte. Talvez não saiam daqui muitos sorrisos, até pq não é engraçado. O que não significa que seja feliz.
Cai no poço. O poço é muito, MUITO fundo. O que há no fundo do posso (isso mesmo, com dois esses!)? Tudo o que eu ponho pra fora! Medos, desejos, sons! Tudo o que (não) presta em MIM!!!

E agora eu posso sentir a fomo como algo do tipo 'em busca do prazer', e não como uma necessidade orgânica. Posso ouvir um disco inteiro sem me preocupar se alguém vai chegar e me interromper. Posso me jogar no mundo e ficar só, sem sair de casa, ou do quarto. Tenho o direiro/oportunidade de ficar acordado até a hora que desejar/o sono deixar.
É isso, cara. E nada mais. Por um instante só importa a mim e a minha gula, meus desejos e impulsos. Não estou nem aí se daqui a 10 horas o dia vai amanhecer. Porque quando isso acontecer, terei viajado para outro universo: o dos sonhos. E o mundo real continuará a não me importar.

(P.S: Esse texto foi escrito ao som de Green Day - American Idiot. Eu sabia MAIS OU MENOS a tradução de apenas UMA música, a primeira do álbum. Em termos de conteúdo, em nada influenciou, mas fica a dica.
P.S.2: Há aqui uns 'erros' de português. Como isso não é nada oficial, não vou me preocupar sob NENHUMA circunstância em qual linguagem escreverei meu texto. Não gostou, problema SEU!)

O meu melhor (I)

Posted: sexta-feira, 5 de novembro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , ,
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Só, e perseguido por muitos.
Uma interação mecânica.
Entra e depois sai,
e fica nisso.

No auge da sensibilidade,
um "bom dia!" e depois silêncio!
O conhecer para agora.

Uma lágrima devolvida ao cérebro
Uma fórmula para um tempo nublado
E assim vai.

Mas eu decidi voltar ao começo
Perceber que eu tenho pressa
Que o tempo não tá ajudando
Aprendi a sorrir,
com uma fita
"E o que tem de bom, custei a perceber
Tem toda a gana e o desejo de aprender
A não ressecar, mesmo sob o sol"

E ele ainda é tão só...
E ele ainda é tão só...

Orgulho de ser nordestino

Posted: quarta-feira, 3 de novembro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , , ,
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Já mencionei no post anterior que as eleições já acabaram. E é pra ter sido assim, já estava farto da baixaria que tinha se transformado e aquilo e que piorava a cada horário político diário. Mas esses 3 últimos dias foram marcados pela "saudade" desses "velhos tempos".
O que tem acontecido é o seguinte: alguns indivíduos de algumas regiões do Brasil (mais especificamente  ALGUMAS pessoas da região sudeste), insatisfeitos com a candidatura de Dilma Rousseff, resolveram ofender a população referente à região nordeste, que foram considerados os principais responsáveis pela eleição da referida candidata.
É fácil saber o motivo disso: eles não serão mais privilegiados como esperavam, então decidiram proferir dezenas de ofensas contra os nordestinos, contra pessoas como eu.
Claro que esse preconceito não foi ocasionado pela eleição desse ou de outro candidato. Isso foi apenas mais uma oportunidade para "expressar seus sentimentos" de forma grosseira e preconceituosa! Essa situação já existe desde muitas décadas atrás. IMAGINO eu que isso tenha sido ocasionado pela grande migração de nordestinos para regiões mais ao sul do país. Mas isso não importa! Discriminação é injusta e burra em toda e qualquer situação, lugar, época etc e tal!!!
ÓBVIO que não íamos deixar isso passar MAIS uma vez! Iniciamos manifestações e protestos contra esses movimentos medíocres. E começamos por onde eles começaram: o Twitter. Postaram coisas do tipo: "os nordestinos devem ser mortos afogados porque não sabem votar"; "eles são pessoas burras e ignorantes"; "nordestino não é gente". Claro que não foram escritas com essa palavras exatas, mas foram coisas do gênero.
Um dos movimentos foi usar a rashtag #Orgulhodesernordestino nos posts da rede social. E muitos aderiram a essa camapanha. Afinal, qualquer um em nosso lugar se sentiria ofendido, não é verdade? E ainda continuam nos ofendendo, isso não vai terminar tão cedo.
Algumas pessoas já foram processadas e tal, mas ainda precisamos fazer muito, precisamos conquistar nosso respeito, nosso devido valor, já que infelizmente as coisas não são como realmente deveriam ser. Enquanto essa situação continuar protestarei aqui, protestarei no twitter e onde for necessário!!! Não vamos nos submeter a isso!

P.S: Aos que acham que somos culpados pela eleição de Dilma, pesquisas afirmam que desconsiderando os votos das regiões Norte e Nordeste, a candidata ainda seria eleita. Provavelmente isso se deve o fato dela ter ganhado no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Então, calem-se fiquem na sua, e reconheçam a derrota. Não permitiremos mais um governo de privilégios para as camadas mais favorecidas da população enquanto o resto vive na miséria!

A verdadeira batalha

Posted: segunda-feira, 1 de novembro de 2010 by Luis Tertulino in
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As eleições já passaram. O período de campanha já terminou, e a presidente, foi escolhida. Agora começa a verdadeira "batalha". A batalha contra a miséria, contra o desemprego, contra a educação de má qualidade que ainda presiste em nosso país. Uma batalha contra o regresso, que teima em "reinar".
A primeira mulher presidente do Brasil terá uma longa tarefa pela frente, e agora é a hora de trabalhar. Campanhas e campanhas não farão diferença agora. É hora de agirmos. Sim, todos nós. O Brasil ainda precisa crescer muito nesses quatro anos que vêm pela frente. Não adianta ficar debatendo valores morais e religiosos, enquanto o país pede melhora, em todos os âmbitos.
É hora de valorizar os professores, olhar para essa profissão marginalizada durante décadas e que ainda é vista dessa maneira; de continuar olhando para as classes menos favorecidas, e mudar as coisas definitivamente, e não ficar pagando um "salariozinho" no final de cada mês. Isso só arrasata a poeira para debaixo do tapete. Pensar nas dezenas de milhares de pessoas nas filas absurdas de um hospital. Que tal agora investir em prevenção, depois pensar na cura como última solução?
Reeducação, é o que eu digo! E já, porque não podemos mais esperar!

À candidata e presidente, desejo um mandato promissor, não só para os "reis" do plenário, mas para todo país.


Delírios de um sertanejo

Posted: sábado, 23 de outubro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , ,
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Não sei por onde começar. Acho 'favorável' falando do clima semi-árido. Clima quente e seco, convencionado para um domingo de muita cerveja e pagode/forró. Fico longe, dentro de um dos quartos tentando não pensar nos assuntos das conversas que se desenrolam. Alheio.

Um lugar onde quase nunca chove. Acreditem ou não, está chovendo hoje aqui. Depois de horas da loja de roupa discutindo sobre moda e como eu a desprezo. Querendo apenas uns pedaços de tecido pra me cobrir com ideologias.

Aí chego em casa com aquele seu num estilo Chiaroscuro e minha cabeça fervilhando de vontade de gritar por conta própria. Mas alguém criou a boca aí tenho que depender dela pra falar. Aí tem vez que não rola uma revolta, mesmo que pessoal.

Aí eu lembro da época que eu ainda não tinha descoberto o rock e comparo com hoje. A diferença que percebo é que cheguei mais fundo em mim mesmo. Nem mudar isso aconteceu. Só me descobri.

E então uma trilha sonora composta unica e exclusivamente por Radiohead como "plano de fundo". Um clima nostálgico paira pelo ar. Começa "No Surprises". Talvez não fique tão pasmo ao saber que não mudei muito, mas me DESCOBRI muito.

Sem lágrima nenhuma. Que pena. Mas a nave para chegar ao meu mundo está destivada. Então, eu fico nesse mundo mesmo, onde eu não posso usar e abusar de todo o meu egocentrismo; onde tudo gira em torno do superego. E o Id cada vez mais distante. Sem nenhuma surpresa. O que vem a ser isso?

Casulosegoísmopreguiçagulamúsicanostalgiamundoprópriolágrimasintendênciasvozintrospecção.

Minhas ambições, e depois não vou pedir mais nada.

E ainda continua frio aqui no sertão nordestino, onde o agricultor planta sua esperança e colhe sua vida; onde o violão é afinado por alguém e depois os acordes voam mundos interpessoias a dentro; onde eu só quero sentir a mim mesmo, e possa ser egoísta de vez em quando; onde tudo isso está em apneia, e ninguém a não ser nós mesmos vem nos socorrer.

"A heart that's full up like a landfill
A job that slowly kills you
Bruises that won't heal"

Viva Clarice!

Posted: sexta-feira, 22 de outubro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas:
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"Por que escrevo? Antes de tudo porque captei o espírito da língua e assim às vezes a forma é que faz conteúdo. Escrevo portanto não por causa da nordestina mas por motivo grave de "força maior", como se diz nos requerimentos oficiais, por "força de lei". (...) Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias."

Clarice Lispector - A Hora da Estrela

1 ano de twittosfera

Posted: quinta-feira, 21 de outubro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas:
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Um ano já se passou desde que comecei a usar desse instrumento/universo de comunicação. Foram mais ou menos, não tenho certeza, 365 dias de interação e descoberta de novas coisas. Pra começo de conversa, conheci muita gente, conversei com algumas dessas pessoas e tal. E posso dizer que foi muito, digamos, produtivo. Pra ser mais preciso, tive mais prazer do que desprazer (sim, já me irritei, digamos assim, com alguns), mas o produto foi bem legal.
Em uma postagem anterior (I read who I want), eu basicamente critiquei uma ferramenta originada recentemente, que foi o "Who To Follow". Ainda sou totalmente contra. Mas o novo design do twitter acabou me fazendo esquecer esse "probleminha". E além disso, já nem me importo mais com isso, que fique lá!
Mas agora, fiz uma releitura da postagem e percebi que não falei o mais importante: minha política pessoal do uso do twitter. Não que isso possa interessar a você. Se interessar, boa leitura. Se não, enfim...
Da última vez, eu seguia 72 pessoas. De lá pra cá, eu cheguei a seguir mais de 100 pessoas. Recentemente deixei de seguir alguns, pelo fato de pensar que as mensagens de muita gente na Timeline acaba impossibilitando a leitura das mensagens de pelo menos a maioria. Eu prefiro seguir 76 pessoas - meu número atual de "followings" - e ler suas mensagens a seguir centenas e não ler nenhuma.
Sou contra uma pessoa me seguir e depois exigir, literalmente, que eu siga essa pessoas de volta. Cara, eu só vou seguir você se eu achar seus tweets interessantes quanto ao meu ponto de vista. Há também por aí uns iludidos que acham que vou seguí-los só porque eles me seguem, e fazem chantagem depois. Block na hora! Isso não é MSN, beleza?
Uma das coisas que mais me indignam é a camaradagem, um comportamento politicamente correto demais estar chegando ao twitter. Se isso avançar, terei que abandonar! Minha visão de internet é que seja um meio de comunicação alternativo, ou seja, que as pessoas tenham liberdade de expressão/comunicação. Pra mim, o twitter me ajudou muito na interação entre pessoas, pois geralmente não sou muito bom em me comunicar. Isso não significa que se pode falar tudo o que quiser e achar que isso vai ficar do jeito que está. Ofensa propriamente dita (não o que a mídia dominante, vulgo TV Aberta) deve ser punida!
Enfim, essas são as minhas principais políticas de uso desse instrumento. Espero que tenham ficado claras minhas propostas e blá, blá, blá. Quero continuar usando essa ferramenta nova por muito tempo e que não se torne algo manipulador.

A importância do ato de ensinar

Posted: sexta-feira, 15 de outubro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: ,
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Afirmo logo antes de iniciar: eu não sou professor e não tenho essa pretensão, pelo menos não agora (não tenho por motivos que explicarei mais na frente). Mas eu fico imaginando o que se passa na cabeça de um no dia de hoje. O dia dele. Embora para muitos alunos, o hoje é um dia especial porque não tem aula na mioria das escolas, acretei? Sei que sim, e sem modéstia.
Desde criança, meus pais e famílai diziam: "nunca seja professor, essa profissão não tem futuro!". O problema que acabei criando essa mentalidade, que já perdi há quase dois anos. Mas eu entendo porque isso acontece, porque essa imagem de que professor não é uma profissão digna.
Imaginem um professor numa sala de aula com 40 alunos fazendo barulho ao mesmo tempo, e recebendo uma miséria do governo. Uma vergonha para o nosso país. E falo mesmo. Enquanto um senador ganha na faixa de R$ 20.000 todo mês para não fazer absolutamente nada. Quem não ficaria desmotivado com isso?
Mas imagine s eninguém fosse mais professor, como ficaria esse país? A merda ficaria maior, mais suja e mais podre do que já está. Milhões de crianças e jovens vivendo à mercê de um Bolsa Família de o que, 140 reais mensais? Mas é CLARO que "eles" não se importam com isso porque "eles" já têm alguns doutorados internacionais, "e que se foda o resto". E aí fica uma população bitolada, construída a partir de governantes megalomaníacos. E assim vai.
Se toca Brasil, você precisa de educação já! E a educação se constrói a partir de pessoas capacitadas que ensinem à população não só a fórmula da equação do 2º grau ou então a análise sintática de uma oração fajuta daqueles livros de português que pregam que linguagem coloquial é a nova heresia brasileira. É preciso fazer o país pensar sobre o que está certo e o que está errado nele mesmo.
É por isso que eu parabenizo os professores, por sua dedicação em transformar esse país e sua população, e esse último em cidadãos conscientes. Mas esses professores e governantes que não estão nem aí pra coisa toda, e só se preocupam em entupir o aluno de fórmulas prontas e conteúdos, a tolerância é 0.

Happy Teacher's Day!

P.S: O motivo de eu não querer ser professor é que sei que não tenho capacidade e habilidade para ensinar numa sala de aula. mas se me procurarem, estou à disposição.

O Despertar

Posted: sábado, 9 de outubro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas:
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Depois de um período sombrio, de caos, beirando entre a sanidade e a loucura, finalmente o sol nasceu. Mantendo (ou pelo menos tentando) manter o controle, não fazer nada absurdo, evitar me machucar. Mas também experimentar algo totalmente sem noção, agir irracionalmente pra esquecer todos os problemas.
E de repente, uma luz! E pensar que isso pode ser pior. Dividir-se entre o compromisso e a preguiça, duas características que possuo e que não abro mão. Imagine ter que trocar um(a) pela outro(a)! Ser o hipocentro de uma batalha interior devastadora.
E de repente, quando você acha que está tudo bem, a madrugada chega, com seus pesadelos, e o sol parece demorar a sair de seu esconderijo, até que você se sente por um fio, e não parece haver saída, nem uma fibra de luz.
Mas uma hora você acorda, e vê que isso não passou de uma escuridão. E as cinzas voltaram a ser fênix.

O fim

Posted: quinta-feira, 7 de outubro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: ,
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Estou no fim. No fundo do poço. Todas as minhas forças acabaram. Tudo o que me resta agora são ecos de vida. Vida sub-humana. Me restam também as cinzas. Restos de minha combustão para obter resultados satisfatórios. Mais de 3 semanas usando e abusando de um improviso desgraçado, fruto de minha irresponsabilidade. E aí, quando você vê uma luz e acha que tudo já acabou definitivamente, você ouve aquele barulho às 5 da manhã e pensa: "Porra, a mesma coisa de novo!". E aí eu lembro: "Foda-se!". Só o que posso fazer é deixar as coisas fluirem como devem fluir. Não vai adiantar de nada, a esta altura do campeonato, cavar um buraco ou bifurcar as coisas para alterar o rumo disso. os dados foram lançados e o travesseiro foi escravizado, agora aguente as consequências idiota! Mas ainda tenho minhas cinzas!

Apocalypse Please (4) / À espera do dia das bruxas (1) - Seu Mestre mandou

Posted: segunda-feira, 4 de outubro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , ,
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Ontem, imagino eu, foi um dia muito importante para a história do nosso país, não foi? Milhões indo às urnas escolher quem vai pagar o seu Bolsa Família, quem vai cobrar altas taxas de impostos e toda aquela coisa que ocorre de 4 em 4 anos. Eu não votei, até porque não tenho idade para isso - quisera eu ter.
No entanto, eu não sou um especialista, e nem estou aqui para discutir conduta de candidato A ou B. Quero que eles se danem. Estou preocupado com o que vai acontecer nos próximos 4 anos. E talvez nos próximos 8. Já imaginaram se a sua ou a escola o seu filho fecha? A minha corre esse risco, é sério!
Sábado de manhã, quando acordei ouvindo sobre o debate, achei que estava em 1989, não que eu tenha vivido nessa época, mas foi isso/assim que me pareceu. Parecia que tudo estava sob efeito da morfina, uma boa mutação tinha ocorrido nessa país. E tudo isso pareceu se confirmar ontem à noite enquanto acompanhava os resultados.
Em poucas semanas, ocorrerá uma das duas possibilidades a seguir, ou a 1ª lei de Newton se estabelce no Brasil, ou talvez acorde 20 anos a mais do que antes, e aí meus caros...

Plástica

Posted: quinta-feira, 30 de setembro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: ,
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Para alguns, uma plástica sempre cai bem. Geralmente faz-se no rosto. Mudar a aparência é muito bom. No entanto, uma plática não vai causar uma "transmutação". Isso mesmo, entre aspas, pois seu DNA não é alterado jamais, você sempre terá sua doença hereditária, você sempre terá sua característica da evolução. Então, para você estelionatário, não adianta você mudar o rosto, você sempre será quem você é, mesmo por osmose.
"As pessoas não mudam, elas se descobrem."

Apocalypse Please (3) - 60 anos da TV brasileira

Posted: sábado, 18 de setembro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: ,
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Please could you stop the noise, I'm trying to get some rest
From all the unborn chicken voices in my head
What's that...? (I may be paranoid, but not an android)
What's that...? (I may be paranoid, but not an android)

When I am king, you will be first against the wall
With your opinion which is of no consequence at all
What's that...? (I may be paranoid, but no android)
What's that...? (I may be paranoid, but no android)

Ambition makes you look pretty ugly
Kicking and squealing gucci little piggy
You don't remember
You don't remember
Why don't you remember my name?
Off with his head, man
Off with his head, man
Why don't you remember my name?
I guess he does....

Rain down, rain down
Come on rain down on me
From a great high
From a great high...high...
Rain down, rain down
Come on rain down on me
From a great high
From a great high... high...
Rain down, rain down
Come on rain down on me

That's it, sir
You're leaving
The crackle of pigskin
The dust and the screaming
The yuppies networking
The panic, the vomit
The panic, the vomit
God loves his children, God loves his children, yeah

Radiohead - Paranoid Android

Apocalypse Please (2) - Indústria cultural e cultura de massas - Marilena Chauí

Posted: sexta-feira, 17 de setembro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , ,
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"(...) a partir da segunda revolução industrial no século XIX e prosseguindo no que se denomina agora sociedade pós-industrial ou pós-moderna (iniciada nos anos 70 do século passado), as artes foram submetidas a uma nova servidão: as regras do mercado capitalista e a ideologia da indústria cultural, baseada na idéia e na prática do consumo de “produtos culturais” fabricados em série. As obras de arte são mercadorias, como tudo o que existe no capitalismo.
Perdida a aura, a arte não se democratizou, massificou-se para consumo rápido no mercado da moda e nos meios de comunicação de massa, transformando-se em propaganda e publicidade, sinal de status social, prestígio político e controle cultural.
Sob os efeitos da massificação da indústria e consumo culturais, as artes correm o risco de perder três de suas principais características:
1. de expressivas, tornarem-se reprodutivas e repetitivas;
2. de trabalho da criação, tornarem-se eventos para consumo;
3. de experimentação do novo, tornarem-se consagração do consagrado pela moda e pelo consumo.
A arte possui intrinsecamente valor de exposição ou exponibilidade, isto é, existe para ser contemplada e fruída. É essencialmente espetáculo, palavra que vem do latim e significa: dado à visibilidade. No entanto, sob o controle econômico e ideológico das empresas de produção artística, a arte se transformou em seu oposto: é um evento para tornar invisível a realidade e o próprio trabalho criador das obras. É algo para ser consumido e não para ser conhecido, fruído e superado por novas obras."

Apocalypse Please (1) - "Só Jesus salva"; e olhe lá!

Posted: quinta-feira, 16 de setembro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , ,
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A capacidade do ser humano de portabilizar situações de conforto e entretenimento me surpreende todos os dias. Hoje me dia você não precisa mais se deslocar à uma biblioteca para ler um livro, você pode simplesmente comprá-lo pela internet - se tiver dinheiro, claro!; ou o meu exemplo favorito: você não precisa "torrar" um Cáspio de dinheiro para comprar uma vitrola, hoje já existe o MPx.
Mas e quem não tem o MPx? Muitas vezes depende de rádio - ou não -, ou até mesmo de caixas de som de veículos. Quando se faz uma viagem, digamos, considerável dentro de um ônibus com vários indivíduos é vital extinguir o silêncio e "baixar" a 'diversão'.
E o que vem a ser diversão? Isso depende de cada um de nós, não é verdade? E ouvir os sons que lhe agradam em um veículo durante quarenta minutos é muito bom. O problema está quando te fazem engolir aquilo à força. Vocês devem estar achando que eu não dou espaço para outros ritmos, e isso não é verdade. Não  me importa se você ouve música erudita, popularesca  ou 'xuxesca'; o que importa é o que você faz a partir disso.
A cena foi trágica. Os seguintes "versos" do seguinte poema: "...". Não há palavras por dois motivos. Primeiro: eu não estava ouvindo a(s) voz(es) da(s) criatura(s); meu MPx (x = 4) me salvou. Segundo: não há letra - reflita com cuidado.
"Ah, mas isso é a moda do momento, cara!". Dane-se. Odeio modas. "Você tem traços de xenofobia, pois despreza a cultura popular". Peraí, existem milênios-luz de distância/diferença entre a cultura popular e a popularesca, também conhecida como cultura de massa. "As músicas que você ouve são esquisitas". Ou será que você é robozinho demais? Fica a dúvida. Ou será que você se acostumou a batidas de latas de cerveja vazia? "Não entendo o que esse povo canta porque é em inglês". É pra isso que existem sites que traduzem as letras.
São muitos os equívocos que as pessoas cometem. Coloquei aqui apenas os que julguei mais importantes. Mas não sou completamente cético quanto a isso. Ainda tenho esperanças de que a coisa mude de figura. E não será necessário outro regime militar, ou 'glob'alização. "Oremos" .

I read who I want

Posted: quarta-feira, 8 de setembro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas:
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Antes de tudo, vamos deixar as coisas bem claras (ou obscuras, como a ideia-combustível desse texto): gosto de conversar com pessoas, ouvir o que elas têm a dizer. Pra isso é necessário que o indivíduo seja legal, amigável e inteligente. Gosto de rir, falar sobre muitos temas legais. Relaxa, me faz esquecer os problemas e angústias. É bom pro encéfalo. E a internet tem me ajudado muito a conhecer pessoas legais, como é o caso do Twitter.
Lá eu sigo 72 pessoas, selecionadas a dedo - ou seria melhor dizer, a clique, enfim, dane-se. Eu os sigo por haver algo interessante em seus tweets, como música, papo legal, humor - com inteligência, claro! - entre outros.
Um problema que surgiu no Twitter foi o "Who To Follow" (Quem para seguir). E isso tem me irritado nos últimos dias. Já apareceu de tudo quanto é coisa ruim para eu seguir, desde bandinhas e cantores desprezíveis até políticos corruptos - não estou aqui para denegrir a imagem de ninguém, tirem suas próprias conclusões de quem são e guarde-as para si mesmo no seu mais profundo subconsiente.
Mas não vou deixar de seguir ninguém por causa disso (essas recomendações aparecem porque as pessoas que sigo as segue). A solução é simples: eliminar o Who To Follow do Twitter. Mas infelizmente isso não é algo que esteja a nosso alcance. Eu pelo menos ainda não achei nenhuma opção ou configuração que exclua isso do meu perfil. Mas até lá, é suportar e ler os tweets desejáveis, pois tenho medo de que apareça além do botão de follow, tweets que você será obrigado a ler.

"The rest is silence"

Posted: terça-feira, 31 de agosto de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: ,
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Me perguntaram por que certas vezes as pessoas falam comigo eu não faço o mesmo. Minha mãe chama isso de "mal-educação" - sem percerber, claro, que implicitamente está se chamando de "mal-educadora".
Isso quase sempre acontece quando ela própria está do meu lado. Pra piorar: os outros acabam sabendo desses momentos tensos, como se sentisse prazer em mostrar que eu sou uma aberração.
Causa: eles sempre especulam sobre minha vida de adolescente de 15 anos. Mas possa ser que eu realmente não tenha afinidade como o Homo sapiens.
Estou fazendo intensas terapias para mudar esse panorama, embora certas pessoas mereçam o vácuo, ou até mesmo a desdenha. Exemplo: quem chega pra mim e diz que rock é coisa de drogado ou pensar é coisa de quem não tem o que fazer da vida, merece castigo pior que o de Alex - não só durante o tratamento Ludovico.
Então, caros indivíduos, respeitem o meu silêncio, pois às vezes é tudo que me resta. E alguns - quem dera todos - irão implorar pelo silêncio quando eu decidir tocar as 7 trombetas.

Time & Nature (2) - Chuva em Cydonia

Posted: sábado, 28 de agosto de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas:
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Cena 1:

A criatura despenca da absurda escada. (Já faz 14 anos que isso se repete) Seus ossos doem amargamente. (pensativo e nada mais além disso) Que lugar esquisito, pensava. Era na verdade um lugar com muito a descobrir sobre si mesmo. Ele olha para a frente e pensa, momento tenso!

Cena 2:
Estava situado num terreno estranho, num lugar cheio de lendas, e cheio de verde e vermelho também. Parecia uma coisa de outro mundo. É claro que ele também era totalmente desequilibrado osmoticamente. Onde eu vim parar, sussurrava para o seu subconsiente. Encontra uma pessoa no mais perfeito equilíbrio. A criatura vê o tal indivíduo como alguém sujo e se aproxima dele. Ele pensa novamente: tenso.

Cena 3:
O encontro entre os dois seres foi muito incomum, por outro lado, foi a coisa mais normal do mundo, a não ser pelo fato de que não se conheciam e conversaram sobre seus conhecimentos sobre tudo que sabiam. Tudo estava indo perfeitamente, até que a luz começou a desaperecer. E o anfitrião começou a se debater no chão. Começara a chover violentamente. A terra, perfeitamente desenhada pelo indivíduo, se transformou numa lama vazia de significado. O anfitrião morre.

Cena 4:
Vossa criatura finalmente percebe que corre perigo. Ela corre para todos os lados, sempre as marcas de terra transformadas em lama. Então começa a achar que toda aquela destruição é culpa sua. Cogita a possibilidade de se atirar do penhas logo a nordeste. Elimina-a logo a seguir, pois vê algo semelhante a uma casa. Entra. Choca-se.  

Time & Nature (1) - Burning

Posted: by Luis Tertulino in Loucuras usadas:
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Era uma noite sombria e assustadora. NInguém se atrevia a sair àquela hora, especificamente naquela noite. Não havia uma estrela sequer. A lua havia se transformado em um maldito camaleão, aliado as trevas celestiais. Ora, pois os céus estavam irados com o acontecimento que haveria de acontecer dali a algumas horas, ou minutos. Estava na hora de agir. Já houvera muita negligência. O pico se aproximava. Um feixe de luz estava surgindo. Maldita fosse aquela mulher, e principalmente aquela criatura que ela carregava. Uma desgraça para a humanidade. Uma doença. Ele haveria de corromper a todos. Ele seria o melhor, o que não seria nada bom para a natureza.
Agora eu quero falar da abominável criatura. Não vou pedir permissão. Quem quiser que aguente as nojeiras aqui presentes. Só quatro criaturas me interessam nesse mundo, além de mim, o mais importante dos seres: o tempo, a natureza, a água e a criatura de que vou falar.
A mulher para em frente a uma casa. Ninguém mora ali dentro aparentemente. Enquanto ela dava o seu primeiro grito de agonia, o plano de livrar-se daquele ser ser era bolado. A dor na mulher aumentaria de acordo com a vontade do tempo. Mas a criatura, apesar de estar matando a mulher, estava guiando-se nela, na verdade a preferia mais que o resto do mundo. Para sobreviver estava matando-a, realizando uma osmose que nunca finalizaria; sua fonte fonte de forças esra na verdade um grandioso buraco negro, o universo ao redor parecia nunca entrar em sintonia - não só parecia, mas também acontecia.
A natureza se irritava mais a cada minuto: "Como uma aberração dessa pode ter sido criada?", devastava, enviando a sua guarda para resolver o problema. Era noite de lua cheia, sendo que os uivos de protesto foram silenciados para que os humanos não soubessem o que estava ocorrendo. E naquele local, a mulher gritava, um dos guardas da natureza, a dor, que veio à Terra no começo. Para enconbrir os sinais deixados pela dor - a natureza nunca gostou muito da dor, pois essa primeira agia enganando para que pensasem que as ações eram benéficas -, a natureza enviou a tempestade, guarda de alto escalão, uma das anciãs do clã Nosapiens, abafando os uivos da revolta, e diluindo o sangue deixado pela dor.
De qualquer maneira, a mulher continuava a sofrer: a criatura dentro dela, absorvendo todas as suas forças. Mas voltemos a mim, pois já me cansei de falar da ira divina. Quando disse que sou o personagem mais importante dessa epopeia estava demonstrando o máximo de minha modéstia, sem ironias. Vejam bem: eu sou o mais inteligente, pois sou onisciente; sei de tudo o que acontece, pois sou onipresente; e tenho uma conexão especial com todas as criaturas: todas moram em meu mundo. Bem, já chega, voltemos a falar do fenômeno sobrenatural.
A natureza havia perdido, a curto prazo. Não havia mais como evitar o nascimento da criatura; é claro que isso não significava que acabara, o tempo e a natureza tomariam novas providências para expurgar o mundo daquilo. Mas havia um problema: aquele ser era totalmente novo, diferente dos outros, então, como proceder? O que fazer, agora que a fórmula dos dados fora refutada? O tempo faria a criatura envelhecer? A natureza faria a criatura adoecer? Não sabiam, por ora. Pela primeira vez, teriam de confiar na sorte. E mais importante: como seria o futuro da criatura? Acho que nem o tempo seria capaz de afirmar. Mas as coisas mudam, inclusive a criatura. Aonde ela for, haverá água, e ela se equilibrará.

Inspiração para escrever

Posted: quinta-feira, 12 de agosto de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , ,
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Escrever é um ótimo exercício, não é mesmo? Exercita a linguagem, e outros conhecimentos. Me lembro muito bem do tempo do ensino fundamental em que as professoras passavam pra gente fazer e entregar no dia seguinte, com aqueles temas super clichês... [Preciso parar, momento melodramático. Recordar minha infância me faz parar por alguns instantes... Pronto, já posso voltar. Onde eu estava?] E isso me lembra o sacrifício de uma tarde pra fazer um rascunho e depois passar a limpo (tenso!). Mas valeu a pena, pois com certeza isso foi o primeiro passo pra eu ser um leitor psicomaldito.
Hoje vocês me veem escrevendo pra essa coisa, que no final das contas não adianta de nada se eu não tenho inspiração para escrever. Sinceramente, eu me odeio quando não consigo ter uma ideia pelo menos razoável para um texto qualquer, seja um poema vagabundo quen unca mais vou olhar - tampouco entender - novamente, seja um artigo científico para um congresso. É diabolicamente frustrante.
Foi com base nisso que descobri um jeito perfeito de colocar algo no papel - ou no computador -, principalmente quando é algo mais informal: ouvir música. Saem ideias que é uma beleza.  Ocorreu isso ontem quando fui escrever meu artigo de opinião para a olimpíada de português. Comecei a escrever à tarde, mas só fiz uma parágrafo em duas horas (e isso não é brincadeira!). Cheguei em casa de noite e fui fazer, ouvindo música. Em no máximo uma hora terminei. Só não sei se ficou bom. E não pensei que eu revisei, quanto a isso eu faço que nem Clarice Lispector: terminei de escrever pra mim é texto morto, só preciso ir em busca de um caderno pra enterrá-lo!
Enfim, como adolescente e como aluno me preocupo seriamente com os temas e as referências dos textos do futuro dessa joça que apelidamos de nação. Já estou farto de redações sobre 'Carnaval', 'Páscoa', 'Dia das Mães', 'Dia do Trabalhador', 'São João', 'Dia dos Pais', 'Independência do Brasil', 'Dia das Crianças', 'Dia do Professor', 'Natal', 'Desmatamento', e mais algumas infinidades por aí. [De volta ao momento melodramático - cuja saudade não existe]
Sinto muito, e lamento quem vai se sentir ofendido/chateado/deixar de ler esse cemitério, mas prefiro escrever um artigo de opinião sobre a minha música favorita, até porque teria incontáveis vezes mais conteúdo do que essas redações a lá ensino fundamental aguardando uma data importante. Outro dia fiz junto com uns amigos a análise de uma música para um trabalho e eu copiei à mão isso. Deu umas três páginas, quase quatro.
Então, eu não podia deixar de escrever essas linhas enquanto tô enlouquecendo por causa de falta de inpiração pra produzir textos para congressos, para esse blog, etc. Então, pra quem acha que texto bom é texto de tema que fala na TV 25 horas por dia, vá em frente, você tem um leque de impossibilidades no futuro. Quanto à mim, espero encontrar novas inspirações e referências a cada dia.

Dieta de Férias - Segunda-feira, 02/08/2010

Posted: segunda-feira, 2 de agosto de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas:
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Hoje eu fiquei com muita raiva: não achei nada no armário nem na geladeira, e pra piorar, nenhum centavo. Então decidi começar uma nova dieta, sendo ela a base de música, twitter, blogs, livros, msn e TV. Aí a receita de hoje.

Ingredientes:
16 músicas de My Chemical Romance
1 amigo(a) no msn pra falar sobre música boa
2 ou 3 oportunidades no Twitter para mandar algum serviço de Internet à merda
3 capítulos de fantasia
2 crimes a ser solucionados

Modo de preparo:
Ligue o seu computador. Crie uma playlist no Media Player Classic (ou Windows Media Player), tente abrir o gmail. Espere enquanto o seu programa de internet (recomendo o Firefox) acusa erro ao tentar abrir o gmail. Quando isso acontecer, entre no seu Twitter e xingue o gmail a gosto, de preferência quando seus seguidores não se incomodam com a sua linguagem.
Preciso informar-lhes que antes disso ou antes de acrescentar o último ingrediente, você deve ler os 3 capítulos de fantasia - ao testar a receita eu usei Drácula, mas isso fica a seu critério.
E então, desligue o computador. Depois de algumas horas, assista os 2 crimes serem soluciondaos. E bom apetite!
 
P.S. Enquanto prepara, você vai perceber que já está saboreando o prato. Então, quando terminar, não se surpreenda se não encontrar nada. Provavelmente isso se repitirá nas próximas receitas.

Fim do mundo ou (re)começo?

Posted: sábado, 31 de julho de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , , ,
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2012. É o ano que, segundo o calendário Maia, o mundo acabará. Há quem acredite, há quem não. Eu faço parte da segunda porcentagem. Por quê? Simplesmente porque eu acredito que o futuro a nós pertence, ou seja, nós (des)construiremos o mundo a nossa maneira.
Ontem eu li uma notícia que me fez ter mais descrença por essa funesta profecia, um sopro de esperança para o nosso país: o ensino de música no Brasil na Educação Básica (até o ensino médio, suponho) será obrigatória a partir do ano mencionado. Pelo que vi, esse é um projeto de lei existente desde 2008.
Mas por trás de toda esperança, há o medo. Alguém aí tem noção de como está a música no Brasil atualmente? Tudo agora é monofônico. E tudo que seja monofônico é chamado de bom a ponto de se agregar à 'cultura nacional'. O meu medo - e de mais alguns amigos - é o que e como será ensinada música aqui. Tenho medo de que o náufrago seja levado pela conrenteza.
Sem toques monofônicos, por favor. Mesmo aqueles irritantes toques de celular possuem pelo menos uma nota a mais do que ouço por aí. E abaixo também as letras monoidealistas, ou melhor, aidealistas - não sei nem se esse vocábulo existe, mas me atrevo a usá-lo -, pois não vejo nenhuma ideia ou pensamento naquilo. O pior é que tudo isso está conseguindo o que mais temo que ocorra: deixar o outro lado, o lado a qual pertenço, afônico nas "ideias" alheias.
Então, antes de aprovar qualquer projeto de lei para praticamente forçar as escolas a ensinar música, deveriam antes se preocupar em formar profissionais musicalmente qualificados, de preferência no sentido tradicional, pois hoje se chama de cantor/músico qualquer um que saiba rimar (calor e amor, por exemplo) e tirar um som sem sentido de uma lata vazia de cerveja. E além disso, não quero meus futuros filhos metaforizando - se é que aquilo pode se chamar de metáfora - mulher com vaca e amor com prostituição.

Confirma!

Posted: quarta-feira, 28 de julho de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , ,
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Estamos em 2010. Nossos futuros como cidadãos estão em xeque. E então, o que faremos agora? Criaremos uma nova estratégia para nos salvarmos, ou será xeque mate? Enfim, essa é a hora.
Quando digo que não acredito em destino me recriminam, já me chamaram até de ateu. Mas vejam por que isso seria um absurdo: vocês esse ano vão tomar uma decisão importante que provavelmente mudará as suas vidas pelos próximos 4 anos. E então, vai tomar tomar aí parado, vendo programas (de entretenimento) dominicais noturnos? Toma uma atitude, cara!
Mas fazer isso não é fácil, admito. É por isso que eles vê, para orientá-los. Lhe dão dicas do que fazer. Mas não é apenas isso. Tentam também convence-lo de que ele é o caminho para o progresso. E fazem isso de muitas maneiras: menos filas, mais médicos, mais professores, etc, etc, etc (P.S. Tudo isso junto em uma panela em banho maria durante alguns dias dá uma linda e saborosa utopia).
O que a maioria não sabe - só a maioria, em que estimo ser uns 70% - é que isso muitas vezes não passa de lavagem cerebral. como? Não só com a receita da utopia que falei, e sim com os planos de fundo puramente sonoros que se espalham por aí.
No país da cultura de massa, uma coisa tão comum são aqueles carros a lá masmorras medievais. E nessa época  passam por uma mutação e se transformam em CPPF - Centro da Propaganda Partidária Forçada -, que no final das contas só teve, vejamos... eu diria de 35% a 45% de seu "DNA" alterado. Sim, pois a essência é a mesma, a voz irritante é a mesma, e o objetivo é o mesmo: calar nossas mentes. E pior, para os que estão "acima", esses acordes são perfeitos, pois não acordam ninguém.
Aqui vão minhas recomendações - quem não quiser, que saia agora! Primeira: desligue a TV aberta, ela é um veículo de CPPF em larga escala; segunda: se você gosta do que ouve, pare no que ouve, para não causar maiores danos cerebrais, até porque o esqueleto está sendo colonado sem dizer de quem é o esqueleto. Anotaram? Ótimo. Cuidado!