E ele ainda é tão só...

Posted: sábado, 6 de novembro de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , , ,
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Eu sinceramente não sei viver sem a solidão. É algo essencial ao meu organismo, assim como a água ou a Vitamina D - embora essa última eu dispense em certas ocasiões, principalmente quando estou só; nesses casos eu simplesmente não saberia VIVER sob o sol.
É vital principalmente para o meu espírito. Viajar para o meu próprio mundo de vez quando se faz necessário. Como essas duas entidades estão unidas - sabe-se lá como -, ambas se beneficiam do momento.

Pela primeira vez na via eu não me incomodei de lavar, enxugar e guardar a louça. Talvez tenha sido pelo fato de que eu coloquei um CD no aparelho de DVD daqui de casa - finalmente ouvi TODO o OK Computer, do Radiohead. Pode ser, não tenho certeza.
Em seguida CORRI para tomar AQUELE banho! A água descendo e escorrendo por você; fazer a barba adolescente aproveitando que você se ensaboou. Tudo isso com o álbum Pablo Honey - do mesmo artista - como trilha sonora.

Esses são os poucos momentos que eu fico a sós comigo mesmo. Na qual eu me desnudo de mim mesmo. Quase como trocar de pele! E pensar que será assim tbm no dia seguinte. Talvez não saiam daqui muitos sorrisos, até pq não é engraçado. O que não significa que seja feliz.
Cai no poço. O poço é muito, MUITO fundo. O que há no fundo do posso (isso mesmo, com dois esses!)? Tudo o que eu ponho pra fora! Medos, desejos, sons! Tudo o que (não) presta em MIM!!!

E agora eu posso sentir a fomo como algo do tipo 'em busca do prazer', e não como uma necessidade orgânica. Posso ouvir um disco inteiro sem me preocupar se alguém vai chegar e me interromper. Posso me jogar no mundo e ficar só, sem sair de casa, ou do quarto. Tenho o direiro/oportunidade de ficar acordado até a hora que desejar/o sono deixar.
É isso, cara. E nada mais. Por um instante só importa a mim e a minha gula, meus desejos e impulsos. Não estou nem aí se daqui a 10 horas o dia vai amanhecer. Porque quando isso acontecer, terei viajado para outro universo: o dos sonhos. E o mundo real continuará a não me importar.

(P.S: Esse texto foi escrito ao som de Green Day - American Idiot. Eu sabia MAIS OU MENOS a tradução de apenas UMA música, a primeira do álbum. Em termos de conteúdo, em nada influenciou, mas fica a dica.
P.S.2: Há aqui uns 'erros' de português. Como isso não é nada oficial, não vou me preocupar sob NENHUMA circunstância em qual linguagem escreverei meu texto. Não gostou, problema SEU!)

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