Filosofia da Censura/Meus delírios

Adoro o meu tempo, minha geração. É nela que vive meus músicos, artistas, escritores prediletos. Além disso, há os meus amigos (para quais devo minha vida, pois sem eles ainda não seria gente!) e pessoas - amigos e conhecidos - que admiro. É muito bom viver cercado de música, leitura e gente legal - e inteligente, claro!

Mas há de se lembrar que os anos não sou "anos-estado", independentes dos outros. 1990 contribuiu pra a criação de 1991 e tudo o que há nele. E assim sucessivamente prossegue a vida. Já devo ter comentado... Ah, não comentei? Então vão ficar sabendo agora. Gosto, aprecio e respeito muitos estilos e gostos musicais, mas o meu favorito é o Rock d(^-^)b Não sei como viveria sem essa bênção dos deuses [ainda bem que Atena acordou certa vez muito inspirada e de bom humor com o Homo sapiens e criou os deuses do rock - cuja genética foi se propagando pelas difusões culturais através do tempo].

Todas as músicas que eu curto vêm dos primórdios - sejam eles quais forem. Um desses primórdios são os anos 80 - mais uma dádiva de Atena e dos deuses do rock. Uma época de muita cultura, embora não tão bem difundidas graças a aberração criada nessa época cujo nome está presente nesse blog - embora aqui usada de forma melhor, EU ACHO. Tudo o que desafiasse a política ditatorial era censurado. Tantas coisas boas produzidas naquele tempo e que não puderam ser aproveitadas.
Mas porque a censura existia? Simplesmente porque algum doido deu o golpe militar e ponto. Ponto? De jeito nenhum . Ponto e vírgula. Foi aí que começaram as perseguições, a diversos profissionais: jornalistas, músicos etc. Ai daquele que sequer pensasse em denunciar a opressão. Era necessário permissão da censura para publicar algo. E o mesmo se aplicava as redes de TV. Era necessário uma consessão do poder militar para abrir um emisora no Brasil naquela época. Trocando miúdos, em termos "grosseiros", era necessário ser a favor - ou ao menos concordar - com o regime militar. E adivinhem quem foi que faz isso: nossa telinha redonda favorita, que tem tudo a ver conosco.
89. Eleições. O provável surgimento da indústria do Photoshop. Ditadura e Globo fiéis amigas. Debate do segundo turno. É gravado e vai a exibição na Globo. Entra em ação o ancestral do Picasa [peço desculpas pela fonte, não achei nada melhor]. E um ancestral e tanto, capaz de editar vídeos! Eu queria um desses, seria perfeito se eu tivesse talento suficiente para gravar clipes das músicas que gosto. Mas deixa quieto. Enfim, debate modificado. Collor acaba vencendo as eleições da época. E seria bom eu para por aqui, para não correr o risco de plantar árvores, sejam elas pragas ou nativas.

Plim, plim!