"The rest is silence"

Posted: terça-feira, 31 de agosto de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: ,
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Me perguntaram por que certas vezes as pessoas falam comigo eu não faço o mesmo. Minha mãe chama isso de "mal-educação" - sem percerber, claro, que implicitamente está se chamando de "mal-educadora".
Isso quase sempre acontece quando ela própria está do meu lado. Pra piorar: os outros acabam sabendo desses momentos tensos, como se sentisse prazer em mostrar que eu sou uma aberração.
Causa: eles sempre especulam sobre minha vida de adolescente de 15 anos. Mas possa ser que eu realmente não tenha afinidade como o Homo sapiens.
Estou fazendo intensas terapias para mudar esse panorama, embora certas pessoas mereçam o vácuo, ou até mesmo a desdenha. Exemplo: quem chega pra mim e diz que rock é coisa de drogado ou pensar é coisa de quem não tem o que fazer da vida, merece castigo pior que o de Alex - não só durante o tratamento Ludovico.
Então, caros indivíduos, respeitem o meu silêncio, pois às vezes é tudo que me resta. E alguns - quem dera todos - irão implorar pelo silêncio quando eu decidir tocar as 7 trombetas.

Time & Nature (2) - Chuva em Cydonia

Posted: sábado, 28 de agosto de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas:
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Cena 1:

A criatura despenca da absurda escada. (Já faz 14 anos que isso se repete) Seus ossos doem amargamente. (pensativo e nada mais além disso) Que lugar esquisito, pensava. Era na verdade um lugar com muito a descobrir sobre si mesmo. Ele olha para a frente e pensa, momento tenso!

Cena 2:
Estava situado num terreno estranho, num lugar cheio de lendas, e cheio de verde e vermelho também. Parecia uma coisa de outro mundo. É claro que ele também era totalmente desequilibrado osmoticamente. Onde eu vim parar, sussurrava para o seu subconsiente. Encontra uma pessoa no mais perfeito equilíbrio. A criatura vê o tal indivíduo como alguém sujo e se aproxima dele. Ele pensa novamente: tenso.

Cena 3:
O encontro entre os dois seres foi muito incomum, por outro lado, foi a coisa mais normal do mundo, a não ser pelo fato de que não se conheciam e conversaram sobre seus conhecimentos sobre tudo que sabiam. Tudo estava indo perfeitamente, até que a luz começou a desaperecer. E o anfitrião começou a se debater no chão. Começara a chover violentamente. A terra, perfeitamente desenhada pelo indivíduo, se transformou numa lama vazia de significado. O anfitrião morre.

Cena 4:
Vossa criatura finalmente percebe que corre perigo. Ela corre para todos os lados, sempre as marcas de terra transformadas em lama. Então começa a achar que toda aquela destruição é culpa sua. Cogita a possibilidade de se atirar do penhas logo a nordeste. Elimina-a logo a seguir, pois vê algo semelhante a uma casa. Entra. Choca-se.  

Time & Nature (1) - Burning

Posted: by Luis Tertulino in Loucuras usadas:
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Era uma noite sombria e assustadora. NInguém se atrevia a sair àquela hora, especificamente naquela noite. Não havia uma estrela sequer. A lua havia se transformado em um maldito camaleão, aliado as trevas celestiais. Ora, pois os céus estavam irados com o acontecimento que haveria de acontecer dali a algumas horas, ou minutos. Estava na hora de agir. Já houvera muita negligência. O pico se aproximava. Um feixe de luz estava surgindo. Maldita fosse aquela mulher, e principalmente aquela criatura que ela carregava. Uma desgraça para a humanidade. Uma doença. Ele haveria de corromper a todos. Ele seria o melhor, o que não seria nada bom para a natureza.
Agora eu quero falar da abominável criatura. Não vou pedir permissão. Quem quiser que aguente as nojeiras aqui presentes. Só quatro criaturas me interessam nesse mundo, além de mim, o mais importante dos seres: o tempo, a natureza, a água e a criatura de que vou falar.
A mulher para em frente a uma casa. Ninguém mora ali dentro aparentemente. Enquanto ela dava o seu primeiro grito de agonia, o plano de livrar-se daquele ser ser era bolado. A dor na mulher aumentaria de acordo com a vontade do tempo. Mas a criatura, apesar de estar matando a mulher, estava guiando-se nela, na verdade a preferia mais que o resto do mundo. Para sobreviver estava matando-a, realizando uma osmose que nunca finalizaria; sua fonte fonte de forças esra na verdade um grandioso buraco negro, o universo ao redor parecia nunca entrar em sintonia - não só parecia, mas também acontecia.
A natureza se irritava mais a cada minuto: "Como uma aberração dessa pode ter sido criada?", devastava, enviando a sua guarda para resolver o problema. Era noite de lua cheia, sendo que os uivos de protesto foram silenciados para que os humanos não soubessem o que estava ocorrendo. E naquele local, a mulher gritava, um dos guardas da natureza, a dor, que veio à Terra no começo. Para enconbrir os sinais deixados pela dor - a natureza nunca gostou muito da dor, pois essa primeira agia enganando para que pensasem que as ações eram benéficas -, a natureza enviou a tempestade, guarda de alto escalão, uma das anciãs do clã Nosapiens, abafando os uivos da revolta, e diluindo o sangue deixado pela dor.
De qualquer maneira, a mulher continuava a sofrer: a criatura dentro dela, absorvendo todas as suas forças. Mas voltemos a mim, pois já me cansei de falar da ira divina. Quando disse que sou o personagem mais importante dessa epopeia estava demonstrando o máximo de minha modéstia, sem ironias. Vejam bem: eu sou o mais inteligente, pois sou onisciente; sei de tudo o que acontece, pois sou onipresente; e tenho uma conexão especial com todas as criaturas: todas moram em meu mundo. Bem, já chega, voltemos a falar do fenômeno sobrenatural.
A natureza havia perdido, a curto prazo. Não havia mais como evitar o nascimento da criatura; é claro que isso não significava que acabara, o tempo e a natureza tomariam novas providências para expurgar o mundo daquilo. Mas havia um problema: aquele ser era totalmente novo, diferente dos outros, então, como proceder? O que fazer, agora que a fórmula dos dados fora refutada? O tempo faria a criatura envelhecer? A natureza faria a criatura adoecer? Não sabiam, por ora. Pela primeira vez, teriam de confiar na sorte. E mais importante: como seria o futuro da criatura? Acho que nem o tempo seria capaz de afirmar. Mas as coisas mudam, inclusive a criatura. Aonde ela for, haverá água, e ela se equilibrará.

Inspiração para escrever

Posted: quinta-feira, 12 de agosto de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , ,
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Escrever é um ótimo exercício, não é mesmo? Exercita a linguagem, e outros conhecimentos. Me lembro muito bem do tempo do ensino fundamental em que as professoras passavam pra gente fazer e entregar no dia seguinte, com aqueles temas super clichês... [Preciso parar, momento melodramático. Recordar minha infância me faz parar por alguns instantes... Pronto, já posso voltar. Onde eu estava?] E isso me lembra o sacrifício de uma tarde pra fazer um rascunho e depois passar a limpo (tenso!). Mas valeu a pena, pois com certeza isso foi o primeiro passo pra eu ser um leitor psicomaldito.
Hoje vocês me veem escrevendo pra essa coisa, que no final das contas não adianta de nada se eu não tenho inspiração para escrever. Sinceramente, eu me odeio quando não consigo ter uma ideia pelo menos razoável para um texto qualquer, seja um poema vagabundo quen unca mais vou olhar - tampouco entender - novamente, seja um artigo científico para um congresso. É diabolicamente frustrante.
Foi com base nisso que descobri um jeito perfeito de colocar algo no papel - ou no computador -, principalmente quando é algo mais informal: ouvir música. Saem ideias que é uma beleza.  Ocorreu isso ontem quando fui escrever meu artigo de opinião para a olimpíada de português. Comecei a escrever à tarde, mas só fiz uma parágrafo em duas horas (e isso não é brincadeira!). Cheguei em casa de noite e fui fazer, ouvindo música. Em no máximo uma hora terminei. Só não sei se ficou bom. E não pensei que eu revisei, quanto a isso eu faço que nem Clarice Lispector: terminei de escrever pra mim é texto morto, só preciso ir em busca de um caderno pra enterrá-lo!
Enfim, como adolescente e como aluno me preocupo seriamente com os temas e as referências dos textos do futuro dessa joça que apelidamos de nação. Já estou farto de redações sobre 'Carnaval', 'Páscoa', 'Dia das Mães', 'Dia do Trabalhador', 'São João', 'Dia dos Pais', 'Independência do Brasil', 'Dia das Crianças', 'Dia do Professor', 'Natal', 'Desmatamento', e mais algumas infinidades por aí. [De volta ao momento melodramático - cuja saudade não existe]
Sinto muito, e lamento quem vai se sentir ofendido/chateado/deixar de ler esse cemitério, mas prefiro escrever um artigo de opinião sobre a minha música favorita, até porque teria incontáveis vezes mais conteúdo do que essas redações a lá ensino fundamental aguardando uma data importante. Outro dia fiz junto com uns amigos a análise de uma música para um trabalho e eu copiei à mão isso. Deu umas três páginas, quase quatro.
Então, eu não podia deixar de escrever essas linhas enquanto tô enlouquecendo por causa de falta de inpiração pra produzir textos para congressos, para esse blog, etc. Então, pra quem acha que texto bom é texto de tema que fala na TV 25 horas por dia, vá em frente, você tem um leque de impossibilidades no futuro. Quanto à mim, espero encontrar novas inspirações e referências a cada dia.

Dieta de Férias - Segunda-feira, 02/08/2010

Posted: segunda-feira, 2 de agosto de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas:
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Hoje eu fiquei com muita raiva: não achei nada no armário nem na geladeira, e pra piorar, nenhum centavo. Então decidi começar uma nova dieta, sendo ela a base de música, twitter, blogs, livros, msn e TV. Aí a receita de hoje.

Ingredientes:
16 músicas de My Chemical Romance
1 amigo(a) no msn pra falar sobre música boa
2 ou 3 oportunidades no Twitter para mandar algum serviço de Internet à merda
3 capítulos de fantasia
2 crimes a ser solucionados

Modo de preparo:
Ligue o seu computador. Crie uma playlist no Media Player Classic (ou Windows Media Player), tente abrir o gmail. Espere enquanto o seu programa de internet (recomendo o Firefox) acusa erro ao tentar abrir o gmail. Quando isso acontecer, entre no seu Twitter e xingue o gmail a gosto, de preferência quando seus seguidores não se incomodam com a sua linguagem.
Preciso informar-lhes que antes disso ou antes de acrescentar o último ingrediente, você deve ler os 3 capítulos de fantasia - ao testar a receita eu usei Drácula, mas isso fica a seu critério.
E então, desligue o computador. Depois de algumas horas, assista os 2 crimes serem soluciondaos. E bom apetite!
 
P.S. Enquanto prepara, você vai perceber que já está saboreando o prato. Então, quando terminar, não se surpreenda se não encontrar nada. Provavelmente isso se repitirá nas próximas receitas.