O imperador

Posted: terça-feira, 22 de março de 2011 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , ,
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A seguir, uma resenha sobre o filme "O Clube do Imperador", que um professor pediu para a minha turma fazer:
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O filme “O Clube do Imperador” narra a história de William Hundert, professor de história da Antiguidade Clássica da Escola para Rapazes Sin Benedict, onde ele ensina aos seus alunos não apenas fatos históricos, mas transmite a eles a ética, os princípios, enfim, a filosofia dos grandes pensadores greco-romanos, no intuito de moldar a personalidade deles, formando assim homens de caráter. 
No entanto, o professor se vê contrariado pelo mais novo aluno, Sedgewick Bell, que ignora todos os ensinamentos do professor. O professor, vendo-se diante desse mais novo desafio, decide ajudar Sedgewick a entrar na competição anual que ocorre na escola sobre história greco-romana, “Clube do Imperador”. Acreditando no potencial de Sedgewick, Hundert chega a burlar a regra da imparcialidade, desclassificando outro aluno, Martin, para dar oportunidade a Sedgewick, e passar seus ensinamentos ao garoto “rebelde”. 
Hundert, entretanto, percebe que cometeu um erro ao dar a vaga ao jovem, pois o mesmo colou no concurso, desacreditando ser capaz de disputar com os outros garotos. Ao mesmo tempo, Hundert descobre que por trás daquilo havia também um jogo de poder, pois ao comunicar a trapaça de Sedgewick ao diretor, este lhe ordena que prossiga com a disputa. Isso acontece porque o pais de Sedgewick é um representante político e consegue “comprar” o diretor. Anos mais tarde, Hundert é convidado pelo próprio Sedgewick – que se tornara presidente de uma grande rede de indústrias (25 anos haviam se passado) – para uma revanche com os mesmo competidores. Hundert novamente se decepciona com seu “pupilo”, que mais uma vez usa de métodos desonestos para alcançar a vitória, o que na verdade foi apenas uma desculpa/oportunidade para apresentar sua campanha ao senado. 
Hundert então se dá conta de que fracassou com Sedgewick, onde declara que “o fim depende do começo”. Nesse ponto, percebemos o quão importante é o trabalho de um professor na formação ética e moral do indivíduo, pois irão transmitir seus valores e princípios aos alunos, e não apenas chegar à sala de aula e apresentar fórmulas matemáticas prontas, regras gramaticais, etc. 
Infelizmente essa idéia tem sido deixada de lado, pois o que está, digamos, em voga no momento é a preparação dos estudantes para o vestibular, para formar profissionais técnicos com a função de atender a demanda do mercado de trabalho, sem nenhuma preocupação com os efeitos e conseqüências de toda essa falta de princípios. Algo que pode ocorrer é o mesmo é o mesmo que aconteceu com Sedgewick, um homem sem nenhum princípio, moral ou ética, desmerecendo o trabalho de seu antigo professor. 
Ou seja, por mais que as pessoas sejam imperfeitas, o trabalho de um professor é imprescindível na formação do aluno. Os mesmos esperam, mesmo que não percebam, que o professor os instiguem, ajude-os a trilhar um longo percurso. Não é possível ensinar ética e moral, mas assas duas coisas devem estar presentes nas atitudes diárias, até mesmo corriqueiras.