X CO2 * (-X) Estradas

Posted: sábado, 17 de abril de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas:
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É incrível a capacidade do ser humano criar coisas que, ao nosso ver, parecem simples, mas que na realidade são incrivelmente complexas (e às vezes, tensas!). Tome como primeiro exemplo esse computador na qual você está lendo esta postagem. Foi bastante fácil para você ligá-lo, colocar no provedor de internet (seja Firefox ou qualquer outro) e em seguida nesta página. Mas, como isso aconteceu? Quais foram os diversos processos realizados pela sua máquina para chegar até aqui? E então, será que tudo é REALMENTE simples como você imagina (va) ?
Tomemos como estudo da criatividade humana agora os (maravilhosos) automóveis. Eles são irrevogavelmente uma das melhores criações humanas para deslocamento. Já imaginou atravessar uma fronteira entre duas cidades vizinhas a pé ou então de charrete? Haja chinelo e ferradura! Mas isso não seria muito bom, provavelmente custaria a sua vida (ou a do cavalo, depende do método de deslocamento) e de muitas seringueiras (de onde virá o látex de suas havainas?). É melhor usar os carros mesmo!
Mas tem uma coisa: os carros não flutuam no ar, estão presos na terra (pelo menos até o homem criar carros-aviões!). Para se movimentarem na terra precisam de estradas, certo? Não é necessário responder!
Outro problema é o seguinte: os sábios seres humanos criam (quase) tudo inspirados em si mesmos (que prepotentes!). Para nos movimentarmos, precisamos obter energia nos alimentando com carboidratos, proteínas, lipídios etc. (chega de biologia por hoje, vamos para a química inorgânica) Os carros não são tão diferentes assim: a única diferença é que a sua (principal e mais usada) fonte de energia é a gasolina. Útil para os carros (não vivem sem ela), mas não muito para nós.
Para você que estiver estudando (ou já estudou, mas não aprendeu) funções inorgânicas, principelmente óxidos, aqui vai uma pequena "aulinha" sobre esse assunto: os carros funcionam queimando a gasolina, liberando alguns gases, digamos, "adorados" pelos químicos. Além do popular CO2 (Dióxido de carbono), tem também outro que é o SO3 (Trióxido de Enxofre), que vão para a atmosfera, e acontece que reage com H2O (Protóxido de Hidrogênio - vulgo, água), criando o H2SO4 (Ácido Sufúrico), alatamente corrosivo. Paremos por aí.
E pior, são tantas pessoas precisando se locomover que quase não se movem. É impressioante isso, a natureza adora ir contra nós (é de ficar indignado, não é? Claro que não!). Quantas mais pessoas precisam se locomover, mais dificil é rodar um metro. Mal há espaço.
Então, caros leitores, só o que a se fazer é nos adaptarmos ao que está ao nosso redor, isso com certeza colaboraria e muito para a evolução da espécie humana, e principalmente, tentar diminuir o valor de X, e somente isso.

//O Censurador

SFSA (Síndrome do Fanatismo do Sucesso Alheio)

Posted: quinta-feira, 15 de abril de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas:
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Antes de tudo, responda algumas perguntas: você quer ter sucesso? Quer ser reconhecido por todos? Ter fama e fortuna é um desejo de muitos. Entretanto, isso não vem fácil, é um trabalho suado (mesmo com o condicionador de ar), árduo e difícil. Mas chega um momento que os objetivos são alcançados, a meta foi atingida.
Infelizmente (é muito difícil você ter noção de tanta infelicidade), surgiu uma doença, uma doença incurável (pelo menos até agora), que é a SFSA - acrônimo de Síndrome do Fanatismo do Sucesso Alheio. Ela faz a pessoa ficar incondicionalmente fascinada pelo sucesso dos outro, tão fascinadas que o desejam, e pior, não têm escrúpulo algum para alcançar o "prêmio". Não se sabe exatamente como ela surgiu. Minha teoria é que ela surgiu por causa do homem pré-histórico. Como? Eles criaram a agricultura, daí viraram sedentários, em outras palavras, preguiçosos. E o que o fascínio provocado pela doença tem a ver com a preguiça da agricultura (pré-histórica, que fique bem claro!)? Tudo.
Os doentes estão em busca desse sucesso, mas têm preguiça de buscá-lo. Daí, eles vão exatamente o que quem obteve "fama" fez. Mas começam pelo produto do trabalho alheio. Pegam o que outros fizeram e vão em busca da "fama e fortuna".
E pior, essa doença é extremamente contagiosa. Provavelmente milhares de casos já foram registrados no mundo (entretanto, só tenho informações daqui do Brasil), sem contar os que estão em segredo ou então que não foram identificados por alguém próximo (provalemente também foram infectados). Há alguns casos em que o vírus causador da doença estejam alojados em pessoas, mas estão em estado de latência. Já foi descoberto que nesses casos, o efeito seria mais ou menos o oposto. Como? O indivíduo infectado não tem um nível absurdo de fanatismo ao ponto de copiar o artista, apenas admirá-lo, e principalmente, os escrúpulos estão presentes a todo momento. Mas não é preciso se preocupar com esses indivíduos.
No caso de contaminação, é necessário tomar algumas providências urgentes para disseminar a profilaxia da doença. Um: expor (no sentido de revelar) o infectado ao mundo, para que se mantenha o máximo de distância possível. Dois: não pense em momento algum no sucesso do artista e tampouco queira ser como ele - ele sempre será único -, apenas tome-o como inspiração. Ao tomar esses cuidados, você estará devidamente vacinado contra essa terrível doença que, apesar de não levar à morte, tem consequencias gravíssimas e irreversíveis.

//O Censurador

O som do escambo

Posted: terça-feira, 13 de abril de 2010 by Luis Tertulino in Loucuras usadas:
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Para muitos, a sala de aula é apenas mais um lugar, para outros o inferno, e para os outros, um lugar sagrado. Ao falar deste último grupo, não me refiro apenas aos estudiosos, aos educados, mas também aos que têm vergonha na cara. Mas o motivo desse amor não vem ao caso. Em um programa de TV você não está nem aí para os bastidores, somento para o cenário do programa e para a peste do apresentador. Mas prossigamos, tenho muito pra falar aqui ainda.
O indivíduo vai para a escola de manhã, totalmente feliz, sabendo que vai dar mais um pequeno passo na cadeia evolucionária de sua espécie, vai chegar em casa e ouvir reclamação da mãe por chatear o irmão por causa da sua superioridade evolucionária.
E chegando lá, o que ele espera ouvir além da voz do(s) professor(es): a voz dos amigos. É muito bom ouvir a voz de quem a gente gosta, de um amigo, nos faz se sentir bem. O problema nisso é quando você tem que ouvir contra a sua vontade a voz (indesejada) dos amigos dos outros. Não há nada mais insuportável numa aula do que isso (exceto uma aula extraordinariamente chata e um pum).
Não que eles pertençam ao segundo grupo a que me referi no primeiro parágrafo, de maneira nenhuma (embora talvez algunmas pequenas ovelhas tenham se degarrado do 3º bando, ido para o 2º e tenham ficado indecisos), mas é que realmente incomoda, principalmente que é adepto fiel do 3º grupo. Eles se prejudicam por isso. E com isso vem o tradicional estereótipo: quem fica fazendo barulho na sala de aula é irresponsável, não quer nada com (da) a vida, e isso está errado, eles são capazes (e em algumas ocasiões conseguem) de fazer muitas coisas (as vezes inimagináveis). Mas onde está o problema de tudo: é necessário que os outros sacrifiquem suas conquistas e méritos para o sucesso deles. É uma moeda de troca, e sempre esse mercado de escambo é realizado à força, mas sempre sem consentimento de ambas as partes.
Então, meus caros amigos, só resta duas coisas a fazer: deixar o professor cale as bocas indesejadas e, acima de tudo, você deve esconder a moeda de troca tão cobiçada...

//O Censurador ...