Na madrugada

Posted: quarta-feira, 26 de outubro de 2011 by Luis Tertulino in Loucuras usadas:
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Eu não quero travesseiros
Para compartilhar meus desejos
Eu nem sei pra onde vou
Mas eu não estou nem aí
Eu nem quero dormir
Eu até preciso dormir
Mas a noite grita
Pena que eu não posso responder com uivos
A festa está apenas nos meus ouvidos
E eu nem quero saber de tormentos
Eu estou lá no alto
E a casa cheia de ratos
Ou não
Pra que eu vou pra frente do espelho?
Deixe essa barba crescer
São os outros que têm que entender

Essa é a minha poesia medíocre da madrugada
Se quiser, chamem a brigada
Porque eu não estou nem aí!

Amazônia e internacionalização

Posted: segunda-feira, 24 de outubro de 2011 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: ,
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Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.
O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.
Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:


De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.
Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!

A arte do silêncio

Posted: quinta-feira, 13 de outubro de 2011 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , , , ,
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Pra mim, a voz representa a liberdade, sério mesmo. Uma pessoa sem voz é presa de outra com voz. A linguagem deve ter sido um dos primeiros passos para a autonomia. E autonomia está diretamente relacionada com liberdade, mas isso é outra história.
Mas, como disso alguém cujo nome não lembro, "a sua liberdade termina quando a do outro começa". Acredito nessa frase e a considero bastante significativa. Todos têm, ou pelo menos deveriam ter, o direito de falar, de se expressar, de se comunicar da maneira que achar melhor. Portanto, quando um fala, o(s) outros(s) deve(m) parar para ouvir.
Mas, o que eu tenho para falar não tem a ver diretamente com liberdade, repressão, ou coisas do gênero. Estou para falar do silêncio. Sim, o silêncio, uma arte sublime de expressão tão rara nesses dias em que todos querem falar ao mesmo tempo. Parece que não há mais tempo para ouvir atentamente aos próprios pensamentos. Abrir a boca é o mais importante, mesmo que saia algo totalmente desimportante. E todo mundo querendo falar ao mesmo tempo só pode resultar em uma coisa: cacofonia.
Qual a importância do silêncio? Imagine um concerto de uma orquestra e duas pessoas decidem conversar entre si em alto tom? Adeus concerto! Atrapalharia todo o clima todo o clima da apreciação musical. Imagine em uma prova, um aluno decide conversar. É por essas e inúmeras outras situações que o silêncio é importante. E não me refiro à ausência total de som, mas sim a parar para ouvir. É aquela coisa da sua liberdade liberdade acabar quando a do outro começar. Há quem opte usar a sua liberdade de forma silenciosa; mesmo assim, devemos parar para ouvir o silêncio.

Vamos todos nos unir por um mundo livre e mais silencioso!

Dinheiro: solução e problema

Posted: sexta-feira, 7 de outubro de 2011 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , , ,
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Já assistiu a um telejornal, de qualquer emissora, especialmente à noite? Se você é uma pessoa "sensata", provavelmente sim. E qual o tema que domina nesse veículo de comunicação de informação tão importante? A crise financeira mundial. Está em todo canto, pois é um problema muito grande que as "grandes potências" mundiais estão enfrentando, e que parece ser impossível de se resolver.
Antes que você pense que vim aqui para expor alguma "solução miraculosa", engana-se: eu não entendo nada disso; esses números para mim não fazem sentido algum; são coisas complicadas demais para eu entender; e eu não tenho saco para economia. Sei que esse "descaso" é algo ruim para mundo, pois mantêm o controle dos bancos mundiais, FMIs e o escambau, mas falemos sério: quem têm paciência de lidar com todas aquelas contas? Ninguém, eu imagino. Quem trabalha com isso deve enfrentar muitos problemas mentais - na verdade, já está com um pelo simples fato de querer trabalhar com isso -, pois é enlouquecedor todos os dias pessoas quebrarem suas cabeças com cotações monetárias, transações bancárias e etc. Estão vendo, eu sei tão pouco sobre finanças que não sei nem o que faz o pessoal que trabalha com isso.
Falam-se em juros, inflação, controle de gastos; e eu, alheio a tudo isso, tentando aproveitar o pouco de sanidade que me resta.
Aí, vendo isso, pensei em uma coisa. O dinheiro foi criado há muito tempo pelo homem para facilitar o comércio realizado. Como? Por incrível que pareça, é bastante simples de se entender. Na época, as pessoas adquiriam coisas trocando outras. Você trocava uma quantidade de arroz por uma quantidade de feijão. No entanto, havia uma coisa que tornava tudo mais complicado: quantos quilos de arroz "custavam" um quilo de feijão? Quantas galinhas eram necessárias trocar para se conseguir um porco? Ou seja, era muito complicado determinar um valor para as coisas. Aí veio o dinheiro, uma unidade que quantizava especificamente o valor de algum coisa, tornando o comércio mais fácil e mais rápido. Uma das maiores invenções, sem dúvida.
Mais aí, aconteceu alguma coisa, que eu não faço ideia do que seja, tornou o dinheiro símbolo de poder. Aí, em busca de poder, as pessoas queriam comprar mais, e mais, e mais, E MAIS... Acho que foi aí que surgiu o capitalismo, ACHO. Passou-se a depender do dinheiro para tudo, até mesmo para se estabelecer relações sociais. O dinheiro passou a ser a base de tudo. Dinheiro igual a poder. E a sede de poder da humanidade existe desde quando Adão decidiu experimentar a maçã para ser como deus. Até que a coisa evoluiu ao ponto das pessoas se preocuparem com o dinheiro ao ponto de criarem a "ciência do dinheiro" - coloquei aspas aqui porque não é exatamente isso, mas bem que poderia ser, e na verdade é, mas deixa para lá - para estudarem tudo que não existia, para criarem soluções para problemas que não existiam na época, e assim foi com muitas coisas, mas vamos falar apenas do dinheiro. Tudo girava agora em torno do dinheiro. até mesmo o caráter. Dinheiro = pessoa de bem. Fata dele = pessoa suspeita. E não me venham me dizer que não é assim, porque é e todos nós sabemos disso muito bem.
E vejam só, parece que eu tenho, afinal, uma ideia: abolir o capitalismo. Eu sei, parece ser meio radical, e eu até posso estar enganado, mas você tem uma ideia melhor? E não estou falando em uma ideia para combater a crise, e sim em uma ideia para recobrar a dignidade (e a sanidade) das pessoas, e para que o dinheiro volte a ser apenas um auxílio para as pessoas comprarem seu feijão na feira sem muita dificuldade.