tag:blogger.com,1999:blog-13895461712809781602024-03-14T03:46:10.536-07:00Filosofia da Censura/Meus delírios"Suportam melhor a censura os que merecem elogio."/Não gostou, procure outro blog, simples!Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.comBlogger92125tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-66535114102143842992012-12-25T16:40:00.001-08:002012-12-25T16:40:33.066-08:00Espírito natalino<div style="text-align: justify;font-family: arial;
text-decoration:none;
font-size:12px;
font-weight:bold;">
Depois de quatro meses, até que é bom tirar um pouco da poeira do blog. Mas não tem nada a ver com a data (pelo menos não exatamente).
<br />
<p>Tava eu de viagem com a família de viagem de natal numa casa de praia e tal. pra não sucumbir totalmente ao tédio, levei um livro. "Venenos de Deus, remédios do Diabo", de Mia Couto.
<br />
Dei uma parada na leitura para tentar cochilar, e aí uma senhora de uns quarenta e poucos anos me pede para "dar uma olhadinha nesse livro". Gentilmente atendo ao pedido da senhora.
<br />
Ela começa a folhear. Lê a contra capa. As orelhas. As páginas iniciais. Dez minutos depois, me devolve. Sorridente, diz: "Ahh, gostei desse livro. Vou arranjar ele para ler depois". Contenho um emocionado sorriso.
</p>
<p>
Se isso não foi o espírito natalino agindo, então eu não sei o que foi!
</p></div>Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-62673049687507764172012-08-26T16:10:00.001-07:002012-08-26T16:10:43.169-07:00Mash Up: Leminski e Ginsberg<style>
div{
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font-weight:bold;
}
</style>
<div>
um dia desses quero ser<br />
um grande poeta inglês<br />
hipster com cabeça de anjo ansiando pelo antigo contato celestial com o dínamo estrelado na maquinaria da noite<br />
entre a dívida externa<br />
e a dúvida interna<br />
<br />
sentado em meu quarto<br />
imagino o futuro<br />
deixando branca a página<br />
a noite toda deitando e rolando sobre invocações sublimes que ao amanhecer amarelado revelaram-se versos de tagarelice sem sentido<br />
<br />
apagar-me<br />
diluir-me<br />
desmanchar-me<br />
sob o fardo<br />
da insatisfação<br />
o cigarro queima no meu colo e enche a página de fumaça e chamas<br />
Eu escrevo apenas.<br />
Tem que ter por quê?
</div>Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-82168351501130038162012-06-20T16:40:00.000-07:002012-06-20T16:40:42.831-07:00O corpo<style>
div{
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}
</style>
<div>
Este quarto, onde estou agora<br />
Onde minha alma e minha cabeça repousam agora<br />
Este quarto, portador de uma luz branca como todas as cores do mundo<br />
Este quarto guarda meus pensamentos<br />
Apenas este quarto sabe quem eu sou agora<br />
Somente ele é capaz de sentir-me.<br />
<br />
A luz que há nele<br />
A luz que gera formas escuras e cria as coisas para os meus olhos<br />
É a mesma que ilumina meu corpo cansado<br />
O corpo da labuta diária<br />
O corpo que não vai durar cem anos<br />
O corpo que talvez não dure cinquenta anos<br />
O corpo que talvez não dure até o fim disto.<br />
<br />
Este corpo é o corpo que tudo faz<br />
É o corpo que me transporta<br />
É o corpo que faz o mundo trabalhar<br />
É o corpo que percebe as coisas num giro selvagem e repentino<br />
É o corpo que que possui um cérebro para pensar.<br />
<br />
Esses pensamentos são os que tentam entender o mundo<br />
São os pensamentos que buscam soluções para as coisas<br />
São os pensamentos que muito descobre<br />
São os pensamentos que aniquilam o sono quando recosto a cabeça à noite<br />
São os pensamentos que têm de opinar sobre tudo.<br />
<br />
Essas opiniões que procuram entender as pessoas<br />
Essas opiniões que constroem uma política mundial<br />
Essas opiniões que justificaram muito sangue derramado,<br />
muito sangue roubado<br />
As opiniões de tudo que existe.<br />
<br />
Mas esta noite não.<br />
Guardarei as opiniões no baú<br />
Se o baú não existir, eu o criarei<br />
Pois ainda há a imaginação para mencionar<br />
A imaginação que nos faz escapar da loucura<br />
A imaginação que recria tudo o que foi destruído;<br />
Guardarei também a política no baú, pois ela parece querer me matar<br />
Guardarei os discursos, pois a cabeça não dá mais conta deles<br />
Guardarei algumas pessoas, pois estas me dão certo trabalho<br />
Irei guardar tudo isso, pois não me interessam por hora<br />
No momento certo, retornarão, com plena certeza<br />
De que dois e dois são e sempre serão quatro;<br />
Mas hoje haverá apenas a luz que cria o giro selvagem<br />
Apenas o corpo inerte<br />
Apenas os olhos, oscilando entre o giro selvagem e a plena escuridão<br />
Apenas o estalar de ossos, para livrar-me do cansaço dos dias.<br />
<br />
É o que há por hoje.
</div>Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-68336622526346100302012-05-20T07:33:00.000-07:002012-05-20T07:33:22.603-07:00A minha carta<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="pt">Esta minha carta não é
dotada de palavras geniais, mas me recuso a deixá-las soarem triviais. Sim,
porque acima de tudo, ela é verdadeira. Não sei para quem ela será destinada,
mas ela é verdadeira, e pra mim isso é o importante e portanto já é o suficiente
por hora. Ela talvez não chegue à caixas de correio. Se chegar, talvez não seja
notada. Se for notada, talvez não seja lida. Se for lida, talvez seja jogada
fora. Mas o importante é que ela vai ser enviada, seja como for.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="pt">Nessa carta falo que a
essência humana tem sido deixada de lado. Falo que quero amar, e amar mais
ainda as pessoas. Mas roubaram meus sentimentos, e eu não sei mais onde eles
estão. É por isso que temo que minha carta se perca: ela fala a verdade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="pt">Falo também do meu tempo:
um tempo dúbio. As pessoas ora têm esperança, ora desacreditam no futuro.
Inclusive eu. É a velha história: um ceticismo que no fundo é falso. Ou seria
ao contrário?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="pt">Algumas pessoas já foram
para o outro lado. Algumas ainda não, mas já se foram também. De algumas aguardo
a volta, demora ela ou não. Talvez destine essa carta para elas. Direi-lhes o
quanto as espero, aqui, do outro lado, ou na linha tênue.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="pt">Falo que o sono acabou.
Ninguém mais consegue fechar os olhos e descansar em paz. Estão cuidando da
vida dos outros - sem se importar com eles, obviamente. Estão preocupados com o
próximo passo, o próximo dia que ainda nem começou, com a conta que atrasou
dois dias porque não há como pagá-la, e com as que ainda virão daqui a uns
anos. Os testes trazem a insônia. E aí vem as drogas para dormir e para
acordar. Relógio medicamentoso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="pt">Essa carta não enviará
boas-novas. Se alguém a receber, não ficará feliz com o seu conteúdo, pois é
tempo de se conseguir corpos. è tempo de salvar o próprio corpo, e depois se
esconder atrás de uma colina, ou num vale profundo. As lembranças são amargas,
não há porque sorrir. Mas mesmo assim estamos sorrindo. Não há porque amar. Mas
peço nessa carta pelo amor. Isso é um sinal de tempos ruins. Mas ainda é uma
carta - e traz em si a poesia do mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span lang="pt">"quando só há lembrança,<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span lang="pt">ainda menos, pó,<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span lang="pt">menos ainda, nada,<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span lang="pt">nada de nada em tudo,<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span lang="pt">em mim mais do que em tudo,<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span lang="pt">e não vale acordar<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span lang="pt">quem acaso repouse<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span lang="pt">na colina sem árvores.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span lang="pt">Contudo, esta é uma carta."</span></i><span lang="pt"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span lang="pt">Carlos Drummond de Andrade - A Carta<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span lang="pt">"Este é o quarto, o início de tudo<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span lang="pt">Através da infância, através da
juventude, me lembro de tudo<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span lang="pt">Tenha visto as noites, repletas de violência e dor<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span lang="pt">E os corpos conseguidos, os corpos conseguidos<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span lang="pt">Onde terminará? Onde terminará?<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
<i><span lang="pt">Onde terminará? Onde terminará?"</span></i><span lang="pt"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span lang="pt">Joy Division - Day Of The Lords<o:p></o:p></span></div>
</div>Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-48236340423022148582012-03-16T18:17:00.001-07:002012-03-16T18:19:45.393-07:00Para os amigos!<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Trecho de "On The Road", de Jack Kerouac, o mais belo e emocionante até agora. Dedicado aos meus amigos...</span><br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">“Fundimos a cuca pensando pra onde ir e o que fazer. Eu tinha uma carreira bastante boa em andamento em NY e percebi que ia sobrar para mim ajudar Neal. Pobre, pobre Neal --- nem o Demônio tinha caído tão fundo; numa idiotia, com o dedo infeccionado, rodeado pelas malas maltratadas de sua vida febril e desamparada indo e vindo, pela América inúmeras vezes, um pássaro perdido, um bosta, dê seu preço e pegue o troco. ‘Vamos a pé até Nova York’ disse ele ‘e enquanto isso avaliamos tudo ao longo do caminho --- simm.’ Puxei meu dinheiro e contei; mostrei para ele. 2x. ‘Tenho aqui’ disse a quantia de oitenta e três dólares e uns trocados, e se você vier comigo nos mandaremos para Nova York --- e depois para a Itália.’ ‘Itália?’ disse ele. Seus olhos brilharam. ‘Itália simm --- como chegaremos lá, caro Jack?’ Meditei. ‘Arranjarei mais dinheiro, vou ganhar outros mil dólares e uns trocados. Vamos curtir todas as mulheres loucas de Roma, Paris, de todos aqueles lugares; vamos sentar nos cafés ao ar livre; vamos encontrar Burford, White Jeffries e viver nos cabarés. Por que não ir pra Itália?’ ‘Porque simm’ disse Neal e então percebeu que eu estava falando sério e pela primeira vez olhou para mim com o rabo do olhos, porque eu jamais havia me comprometido assim com sua pesada existência, e aquele era o olhar de um homem que pesava suas chances no último instante antes de fazer sua aposta. Naquele olhar havia júbilo e insolência, era um olhar diabólico, e ele pousou seus olhos em mim por um longo, longo tempo. Encarei-o e enrubesci. Falei ‘Qual é o problema?’ Me senti um traste ao fazer a pergunta. Ele não deu resposta e continuou me encarando com o mesmo canto de olho desconfiado e insolente. Tentei lembrar de tudo que ele tinha feito na vida e ver se não havia nada do passado que o deixasse desconfiado agora. Firme e resolutamente repeti o que havia dito - - ‘Venha para NY comigo, eu tenho dinheiro’. <b>Olhei para ele; meus olhos estavam se enchendo de lágrimas e constrangimento. Ele continuava me fitando. Seus olhos agora estavam vazios e me atravessavam. Provavelmente foi o ponto crucial da nossa amizade quando ele percebeu que eu realmente tinha gasto alguma horas pensando nele e ele estava tentando catalogar isso em suas categorias mentais tremendamente confusas e complicadas. Algo estalou em nossas almas. Em mim foi a súbita preocupação com um homem anos mais moço que eu, cinco anos, & cujo destino estivera ligado ao meu no curso de anos nebulosos; nele era algo que só posso calcular pelo que fez depois.</b> Ficou extraordinariamente satisfeito e disse que estava tudo combinado.”</span></div>Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-30641001025793068732012-02-27T12:25:00.000-08:002012-02-27T12:26:52.884-08:00Terremoto<p>que bela manhã de sol <br />que bela manhã de sol para as pessoas saírem de suas casas <br />manhã de sol para se fazer tudo que se planejou <br />quantas pessoas ali na rua <br />na rua em uma manhã de sol <br />uma rua no sol <br />sol - coisa que dá vida <br />rua - coisa onde se vive</p> <p>olha: estão todos caminhando ali <br />todam andam, andam, andam <br />andam <br />andam <br />mais <br />andam mais <br />andam <br />andam, andam, andam <br />correm, mais <br />correm, andam, correm <br />andam, correm, correm <br />correm, correm, andam <br />mais <br />e <br />mais <br />e <br />mais <br />e <br />mais</p> <p>eis um ruído em meio a ruídos <br />a vozes <br />numa sincronia <br />perfeitamente dessincronizada <br />camadas e camadas de vozes <br />diferentes tons <br />tons e gritos e sussurros</p> <p>todos ali no concreto <br />o ruído cresce, cresce, cresce <br />as pessoas diminuem suas vozes <br />tentam descobrir o que é <br />aos poucos se afastam de onde vem os ruídos <br />oooh: uma linha ali no meio <br />- alguns correm <br />- medo e pânico em alguns <br />nem todos pagaram as contas <br />olha! - outra linha - <br />nem todos compraram o que precisavam <br />ouça: está tremendo! <br />nem todos viram o que passou na televisão <br />nem todos trabalharam o quanto deviam <br />mais e mais linhas <br />retas <br />curvas <br />riscos <br />lápis <br />lápis no concreto <br />quem duvidou que vulcões aqui existem? <br />quem achou que aqui não havia pânico? <br />rompe <br />rompe <br />romp <br />r-o-m-p-e <br />ROMPEU!</p> <p>foi poeira pra todos os lados <br />alguns gritaram <br />algumas bocas: subjugadas pela lei da gravidade <br />aquilo era simplesmente impossível <br />um dia como aquele, impensável <br />inaceitável <br />mas quem diria, <br />lá estava ela <br />toda cercada de rosa <br />toda cercada de um aroma jamais sentido <br />- só sentiam o cinza - <br />e lá estava, viva, <br />transgressora: <br />uma simples rosa havia rompido o concreto!</p> Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-91545386371791107262012-02-05T08:55:00.000-08:002012-02-05T08:57:24.206-08:00Os olhos de Ligeia<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>"</b></span>De olhos, não encontramos modelos na antiguidade remota. Pode ser que nos olhos de minha bem-amada estivesse o segredo a que lorde Verulam alude. Quero crer fossem eles bem maiores que os olhos comuns à nossa raça. Eram, inclusive, mais rasgados que os olhos agazelados da tribo do vale de Nourjahad. Contuso, só ocasionalmente, em horas de intensa excitação, fazia-se notar essa peculiaridade de Ligeia. Nessas horas, sua beleza - pelo menos, assim via minha fantasia exaltada - copiava beleza dos seres extraterrenos, a beleza da fabulosa huridos turcos. As pupilas eram do negro mais brilhante, ensombradas por longas pestanas de azeviche. As sobrancelhas, de contorno irregular, tinham a mesma cor. A "estranheza", todavia, que eu descobria nesses olhos independia do formato, da cor ou do brilho deles; vinha, antes, da <i>expressão</i>. Ah, a palavra sem sentido, sob cuja ampla latitude de mero som sepultamos nossa ignorância de tantas coisas espirituais! A expressão dos olhos de Ligeia! Quantas vezes não refleti sobre isso! Quanto não lutei, durante uma noite inteira de verão, para sondá-la! Que era aquilo, mais profundo que o poço de Demócrito, jacente bem no fundo das pupilas de minha bem-amada? Que <i>era</i> aquilo? Dominava-me a ânsia de descobrir. Aqueles olhos, aquelas enormes e brilhantes e divinas pupilas, tornaram-se para mim as estrelas gêmeas de Leda, e eu me verti no mais devoto dos astrólogos.<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>"</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br />
</b></span></div><div style="text-align: right;"><b><span style="font-family: inherit;">Trecho de "Ligeia", de Edgar Allan Poe</span></b></div>Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-86480985376560279122012-01-20T16:00:00.000-08:002012-01-20T16:00:42.846-08:00O futuro começa devagarTava qui pensando em como começar esse texto, e aí me veio à pergunta-chave: por onde começar? No mundo em que estamos hoje, fazer(-se) uma pergunta dessa é de extrema importância. Chega ser até mesmo algo vital, necessário para se respirar. Start! Todos sabemos que vivemos num infeliz, cruel e desumano circulo vicioso de desumanidade, infelicidade e crueldade, e parece não existir um começo para a mudança. Se não há nem fim do túnel, quem dirá luz neste!<br />
<div>Não vou nem comentar a culpa disso tudo. Isso todos sabemos. O que importa no momento é como reverter toda essa situação. Minha mente está um tanto destruída, e eu não me importo. Só me interessa consertá-la, e nada mais.</div><div>E sabem de uma coisa? Já que a ordem é mudar o mundo, eu ouso começar acreditando que pode ser mudado. Acredito que eu dei o primeiro passo, agora é só esperar o momento certo de dar os próximos. Mas se nem todos ou mesmo ninguém concordar com isso, não faz mal. Não me importo. "You can blow what's left my right mind (I don't mind)".</div><div>Acredito que não podemos desistir de chegar onde queremos; nunca. E não venho aqui invocar aquele discurso clichê de lutar por nossos sonhos, porque isso é obrigação de todos. Me refiro a não desistir das coisas, das pessoas. Das pessoas principalmente. Não desistir de acreditar que alguém lhe dá bom dia pelo simples e belo fato de alguém realmente lhe desejar um bom dia. Ou uma boa tarde. Não desistir de acreditar que algum desconhecido fala com você apenas para lhe fazer uma pergunta, tirar alguma dúvida, descobrir porque afinal de contas entrou naquela fila quilométrica de atendimento no banco, e não para tirar alguma vantagem ou te tapear. São coisas assim que precisamos acreditar. Sei que é difícil e demorado; é por isso que existem as décadas e os séculos, para acomodar a mudança.</div><div>Falo de silêncio? De jeito nenhum. Precisamos falar, mais do que nunca, nesses tempos de redes sociais, 140 caracteres e mais uma infinidade de coisas. Abramos nossas bocas e falemos para o mundo! O tempo existe para acomodar a mudança; a voz para começá-la, realizá-la, concretizá-la de fato. Não venho desmerecer as redes sociais; de forma alguma. Sou fã assumido delas. São essenciais hoje em dias, levam nossa voz para qualquer parte do mundo. Acredito que é uma questão de saber usar. Só isso.</div><div>O mundo é ruim? É. O mundo precisa mudar? Precisa. Mudar é difícil? E como. Mas a mudança precisa começar por algum lugar. O mundo precisa deixar de ser um círculo. Ou pelo menos o que acontece nele. Let's start, humans!</div><div><br />
</div><div>Em tempo: como diria o The Kills:</div><div>"Eu nunca vou desistir de você</div><div>Se algum dia eu desistir de você meu coração certamente falhará"</div><div><br />
</div><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/KiLjuRG3hoE" width="560"></iframe><br />
<div><br />
</div>Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-92165748751977957082012-01-02T11:51:00.000-08:002012-01-02T11:57:06.157-08:00Auto-mutilação em Bukowski<p><strong><font size="2">Trecho de “Mulheres”, do Bukowski:</font></strong></p> <p align="justify"><font size="2"><strong><font size="3">“</font></strong>Andava, andava e me sentia cada vez pior. Talvez porque eu ainda estivesse lá, ao invés de voltar pra casa. Eu estava prolongando a agonia. Que espécie de merda era eu? Um sujeito capaz de armar jogadas bem malévolas e alucinadas. E qual a razão? Será que eu estava querendo me vingar de alguma coisa? Até quando eu ia ficar dizendo que era apenas uma pesquisa, um simples estudo sobre as mulheres? Eu estava era deixando as coisas acontecerem sem me importar muito com elas. Eu não tinha nenhum consideração por nada além do meu prazerzinho barato e egoísta. Eu parecia um ginasiano mimado. Eu era pior que qualquer puta; uma puta só toma o seu dinheiro, nada mais. Eu bagunçava vidas e almas como se fossem brinquedos. Como é que eu ainda me considerava um homem? Como é que eu ainda escrevia poemas? Eu era feito de quê, afinal? Eu era um marquês de Sade pangaré, sem o gênio dele. Qualquer assassino era mais sincero e honesto que eu. Ou um estuprador. Não queria botar minha alma em jogo, não queria vê-la exposta a deboches, sacanagens. Sabia muito bem disso tudo. Eu não prestava, essa era a verdade. Podia sentir isso, andando de lá pra cá no tapete. Não prestava. E o pior é que eu passava pelo contrário do que era: um bom sujeito. Eu entrava na vida dos outros porque eles confiavam em mim. Eu aprontava as minhas cagadas com a maior facilidade. Eu estava escrevendo <em>A história de amor de uma hiena</em>. <br />Parei no meio da sala, surpreso comigo mesmo. Depois, quando dei por mim, estava sentado na beira da cama, chorando. Podia tocar as lágrimas com os dedos. Meu cérebro turbilhonava, embora eu estivesse lúcido. Não conseguia entender o que acontecia comigo.</font><font size="3"><strong>”</strong></font></p> Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-51025518968772512322011-12-26T15:39:00.000-08:002011-12-26T15:44:07.731-08:00I love you, I love you, I love you, What’s your name?<p>você disse: “eu amo você” <br />você disse isso <br />você disse isso pra mim <br />você disso isso para ela e para ela também <br />e você repetiu isso para ela</p> <p>você disse para ela: “Ohhh, sweet child o’mine”! <br />era verdade, <br />ou você apenas aprendeu a repetir essa frase?</p> <p>você disse: “eu te amo” <br />e aí minha pele sentiu o seu amor <br />foi um beliscão e tanto, aquele <br />você achou que estava fazendo o necessário para mim</p> <p>você chegou em casa <br />mais uma noite <br />sua boca estava adornada <br />(e com certeza assim também havia sido pouco antes) <br />e você tirava o adorno, para transformá-la em uma chaminé <br />onde estava o seu volante? <br />quem dormiu na sua direção? <br />você estava sem controle <br />não tinha como me enganar: aquilo não era água <br />eu já ia dormir, <br />mas tragicamente, ela ainda estaria acordada <br />o que tinha de errado com seus olhos? <br />você via tudo vermelho <br />ela com certeza não era toureira.</p> <p>e aí você foi embora <br />você continuava dizendo: “eu te amo” <br />fóruns e juízes <br />”eu te amo” <br />eu me interessava pelo que você tinha <br />”eu te amo” <br />você teve que ir de novo <br />e bem depois eu ia lá algumas vezes <br />e você disse para ela: “eu não quero ver você nem pintada de ouro” <br />e eu parei de ir lá, pq você mais uma vez teve que ir <br />(acredite: eu lhe te entendi nas duas vezes que você foi)</p> <p>eu nem te vejo mais <br />eu nem me importo mais <br />eu estou aqui <br />e você disse: “eu te amo” <br />e você continua dizendo: “eu te amo”.</p> Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-27724940019381764602011-12-06T05:16:00.000-08:002011-12-06T05:18:48.267-08:00Depois<p><font size="3" face="Century">O que você vai fazer quando não mais precisar fechar os olhos? <br />O que você vai fazer quando puder migrar junto com os pássaros? <br />O que você vai fazer quando seu cérebro entender que nada doi? <br />O que você vai fazer quando puder ter tudo? <br />O que você vai fazer? <br />Qual o próximo passo? <br />Para onde você vai, depois de percorrer todas as estradas? <br />Com quem você vai conversar, quando já tiver conhecido o mundo todo? <br />O que você vai fotografar, quando já tiver ido a todos os ponto turísticos? <br />Do que você vai rir, quando já tiver ouvido todas as piadas? <br />O que você vai fazer? <br />O que vai querer depois? <br />O que vai tentar depois?</font></p> Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-56575660038233138052011-11-16T15:58:00.000-08:002011-11-16T15:58:23.341-08:00O RetornoFim de tarde. Hora de retornar ao lar. Hora de ter o tão esperado descanso.<br />
Um ônibus nem tão lotado, onde todos conversam, e eu fico em silêncio. Eu fico em silêncio com a cara na janela, olhando a vegetação arruinada; olhando pro nada, sem procurar por alguma coisa; sem procurar alguém conhecido nas poucas casas que aparecem no caminho.<br />
E há tantas luzes, muitas luzes. Já escureceu. E para esse momento servem as luzes: para iluminar a cidade que se também começa a se recolher aos seus lares - claro que nem toda a cidade: essa ainda vai ferver por alguma horas. No alto de algum lugar, vendo as várias luzes da cidade. E como elas brilham! Um grande cobertor dourado. Eu não vejo nada ou ninguém, só aquele ouro brilhante, revelando toda a noite; iluminando toda um fim de dia.<br />
E ainda nos últimos resquícios de pôr-do-sol, uma estrela brota como uma espinha no céu - tão chamativa! Ela provavelmente não me leva a lugar algum; ela com certeza não indica o caminho da salvação da humanidade, mas ela sempre estará ali. O que não quer dizer que isso signifique alguma coisa. Ela apenas está ali, como todas as outras estrelas, brilhando, até o dia da sua morte, até o dia da escuridão.<br />
E todos os dias esse cobertor estará brilhando a ouro; todos os dias aquela "espinha brilhante" estará lá no céu; e todos os dias eu voltarei para casa, com a cabeça recostada na janela de vidro do ônibus, vendo todo esse cenário.Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-53608558692736833852011-10-26T21:43:00.001-07:002011-10-26T21:45:43.141-07:00Na madrugada<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: large;">Eu não quero travesseiros</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: large;">Para compartilhar meus desejos</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: large;">Eu nem sei pra onde vou</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: large;">Mas eu não estou nem aí</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: large;">Eu nem quero dormir</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: large;">Eu até preciso dormir</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: large;">Mas a noite grita</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: large;">Pena que eu não posso responder com uivos</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: large;">A festa está apenas nos meus ouvidos</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: large;">E eu nem quero saber de tormentos</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: large;">Eu estou lá no alto</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: large;">E a casa cheia de ratos</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: large;">Ou não</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: large;">Pra que eu vou pra frente do espelho?</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: large;">Deixe essa barba crescer</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: large;">São os outros que têm que entender</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: large;">Essa é a minha poesia medíocre da madrugada</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: large;">Se quiser, chamem a brigada</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; font-size: large;">Porque eu não estou nem aí!</span></div>Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-33348999522241140632011-10-24T18:31:00.000-07:002011-10-24T18:31:32.251-07:00Amazônia e internacionalização<span class="Apple-style-span" style="line-height: 14px;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><span class="apple-style-span"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;"><b>Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado</b></span></span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;"><b> <span class="apple-style-span">sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.</span><br />
<span class="apple-style-span">O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.</span><br />
<span class="apple-style-span">Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:</span></b><br />
<br />
</span><span class="apple-style-span"><b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 13pt;">“</span></b></span><span class="apple-style-span"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.</span></span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;"><br />
<span class="apple-style-span">Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.</span><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><span class="apple-style-span"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia</span></span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;"> <span class="apple-style-span">para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou</span> <span class="apple-style-span">diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."</span><br />
<span class="apple-style-span">Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser</span> <span class="apple-style-span">internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.</span> <span class="apple-style-span">Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.</span><br />
<span class="apple-style-span">Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.</span> <span class="apple-style-span">Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário</span> <span class="apple-style-span">ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de</span> <span class="apple-style-span">um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.</span><br />
<span class="apple-style-span">Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York,</span> <span class="apple-style-span">como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.</span><br />
<span class="apple-style-span">Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas</span> <span class="apple-style-span">mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.</span><br />
<span class="apple-style-span">Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.</span> <span class="apple-style-span">Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.</span><br />
<span class="apple-style-span">Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.</span> <span class="apple-style-span">Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia</span> <span class="apple-style-span">seja nossa. Só nossa!</span></span><span class="apple-style-span"><b><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; font-size: 13pt;">”</span></b></span></span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: grey; font-family: 'Times New Roman', serif;"><o:p></o:p></span></div>Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-52196505382133301762011-10-13T12:53:00.000-07:002011-10-13T12:53:20.413-07:00A arte do silêncio<div style="text-align: justify;">Pra mim, a voz representa a liberdade, sério mesmo. Uma pessoa sem voz é presa de outra com voz. A linguagem deve ter sido um dos primeiros passos para a autonomia. E autonomia está diretamente relacionada com liberdade, mas isso é outra história.</div><div style="text-align: justify;">Mas, como disso alguém cujo nome não lembro, "a sua liberdade termina quando a do outro começa". Acredito nessa frase e a considero bastante significativa. Todos têm, ou pelo menos deveriam ter, o direito de falar, de se expressar, de se comunicar da maneira que achar melhor. Portanto, quando um fala, o(s) outros(s) deve(m) parar para ouvir.</div><div style="text-align: justify;">Mas, o que eu tenho para falar não tem a ver diretamente com liberdade, repressão, ou coisas do gênero. Estou para falar do silêncio. Sim, o silêncio, uma arte sublime de expressão tão rara nesses dias em que todos querem falar ao mesmo tempo. Parece que não há mais tempo para ouvir atentamente aos próprios pensamentos. Abrir a boca é o mais importante, mesmo que saia algo totalmente desimportante. E todo mundo querendo falar ao mesmo tempo só pode resultar em uma coisa: cacofonia.</div><div style="text-align: justify;">Qual a importância do silêncio? Imagine um concerto de uma orquestra e duas pessoas decidem conversar entre si em alto tom? Adeus concerto! Atrapalharia todo o clima todo o clima da apreciação musical. Imagine em uma prova, um aluno decide conversar. É por essas e inúmeras outras situações que o silêncio é importante. E não me refiro à ausência total de som, mas sim a parar para ouvir. É aquela coisa da sua liberdade liberdade acabar quando a do outro começar. Há quem opte usar a sua liberdade de forma silenciosa; mesmo assim, devemos parar para ouvir o silêncio.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Vamos todos nos unir por um mundo livre e mais silencioso!</div>Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-69840327747279473342011-10-07T07:56:00.000-07:002011-10-07T07:56:36.058-07:00Dinheiro: solução e problema<div style="text-align: justify;">Já assistiu a um telejornal, de qualquer emissora, especialmente à noite? Se você é uma pessoa "sensata", provavelmente sim. E qual o tema que domina nesse veículo de comunicação de informação tão importante? A crise financeira mundial. Está em todo canto, pois é um problema muito grande que as "grandes potências" mundiais estão enfrentando, e que parece ser impossível de se resolver.</div><div style="text-align: justify;">Antes que você pense que vim aqui para expor alguma "solução miraculosa", engana-se: eu não entendo nada disso; esses números para mim não fazem sentido algum; são coisas complicadas demais para eu entender; e eu não tenho saco para economia. Sei que esse "descaso" é algo ruim para mundo, pois mantêm o controle dos bancos mundiais, FMIs e o escambau, mas falemos sério: quem têm paciência de lidar com todas aquelas contas? Ninguém, eu imagino. Quem trabalha com isso deve enfrentar muitos problemas mentais - na verdade, já está com um pelo simples fato de querer trabalhar com isso -, pois é enlouquecedor todos os dias pessoas quebrarem suas cabeças com cotações monetárias, transações bancárias e etc. Estão vendo, eu sei tão pouco sobre finanças que não sei nem o que faz o pessoal que trabalha com isso.</div><div style="text-align: justify;">Falam-se em juros, inflação, controle de gastos; e eu, alheio a tudo isso, tentando aproveitar o pouco de sanidade que me resta.</div><div style="text-align: justify;">Aí, vendo isso, pensei em uma coisa. O dinheiro foi criado há muito tempo pelo homem para facilitar o comércio realizado. Como? Por incrível que pareça, é bastante simples de se entender. Na época, as pessoas adquiriam coisas trocando outras. Você trocava uma quantidade de arroz por uma quantidade de feijão. No entanto, havia uma coisa que tornava tudo mais complicado: quantos quilos de arroz "custavam" um quilo de feijão? Quantas galinhas eram necessárias trocar para se conseguir um porco? Ou seja, era muito complicado determinar um valor para as coisas. Aí veio o dinheiro, uma unidade que quantizava especificamente o valor de algum coisa, tornando o comércio mais fácil e mais rápido. Uma das maiores invenções, sem dúvida.</div><div style="text-align: justify;">Mais aí, aconteceu alguma coisa, que eu não faço ideia do que seja, tornou o dinheiro símbolo de poder. Aí, em busca de poder, as pessoas queriam comprar mais, e mais, e mais, E MAIS... Acho que foi aí que surgiu o capitalismo, ACHO. Passou-se a depender do dinheiro para tudo, até mesmo para se estabelecer relações sociais. O dinheiro passou a ser a base de tudo. Dinheiro igual a poder. E a sede de poder da humanidade existe desde quando Adão decidiu experimentar a maçã para ser como deus. Até que a coisa evoluiu ao ponto das pessoas se preocuparem com o dinheiro ao ponto de criarem a "ciência do dinheiro" - coloquei aspas aqui porque não é exatamente isso, mas bem que poderia ser, e na verdade é, mas deixa para lá - para estudarem tudo que não existia, para criarem soluções para problemas que não existiam na época, e assim foi com muitas coisas, mas vamos falar apenas do dinheiro. Tudo girava agora em torno do dinheiro. até mesmo o caráter. Dinheiro = pessoa de bem. Fata dele = pessoa suspeita. E não me venham me dizer que não é assim, porque é e <b>todos nós </b>sabemos disso muito bem.</div><div style="text-align: justify;">E vejam só, parece que eu tenho, afinal, uma ideia: abolir o capitalismo. Eu sei, parece ser meio radical, e eu até posso estar enganado, mas você tem uma ideia melhor? E não estou falando em uma ideia para combater a crise, e sim em uma ideia para recobrar a dignidade (e a sanidade) das pessoas, e para que o dinheiro volte a ser apenas um auxílio para as pessoas comprarem seu feijão na feira sem muita dificuldade.</div>Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-25894512776972035902011-09-26T16:09:00.000-07:002011-09-26T16:09:53.472-07:00Agosto 1964Entre lojas de flores e de sapatos, bares,<br />
mercados, butiques,<br />
viajo<br />
num ônibus Estrada de Ferro - leblon.<br />
Volto do trabalho, a noite em meio,<br />
fatigado de mentiras.<br />
<br />
O ônibus sacoleja. Adeu, Rimbaud,<br />
relógio de lilases, concretismo,<br />
neoconcretismo, ficções da juventude, adeus,<br />
que a vida<br />
eu compro à vista aos donos do mundo.<br />
Ao peso dos impostos, o verso sufoca,<br />
a poesia agora responde a inquérito policial-militar.<br />
<br />
Digo adeus à ilusão<br />
mas não ao mundo. Mas não à vida,<br />
meu reduto e meu reino.<br />
Do salário injusto,<br />
da punição injusta,<br />
da humilhação, da tortura,<br />
do terror,<br />
retiramos algo e com ele construímos um artefato<br />
<br />
um poema<br />
uma bandeira<br />
<br />
<i>[Ferreira Gullar]</i>Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-210240392771026532011-09-21T15:18:00.000-07:002011-09-21T15:18:06.956-07:00UM MÊS DEPOIS...Pra quem não sabe, o servidores federais da educação aqui do Brasil estão em greve há mais de um mês (não detenho dados exatos, mas é por aí), E NINGUÉM NOS DÁ (sim, uso o 'nos' pq muitos de nós alunos tbm têm se manifestado a favor dos servidores) A DEVIDA ATENÇÃO!!! Dilma nem txuíu pra ninguém. NOBODY!!! A mídia é outra que nos ignora, ESPECIALMENTE A TELEVISÃO, GRANDE DETENTORA DA MASSA DE COMUNICAÇÃO (felizmente, isso está mudando, e as pessoas estão cada vez mais se informando em mais locais - VIDE INTERNET -, mas isso é assunto pra discutir em outro momento). Enquanto o governos NOS (reitero o uso do 'NOS' pq isso tbm afeta NÓS alunos) ignora, enriquece banqueiros, empresas privadas (VIDE MULTINACIONAIS EXPLORADORAS DA MÃO-DE-OBRA SEMI-ESCRAVISTA BRASILEIRA, que NÃO PAGAM UM CENTAVO de imposto) e países capitalistas (VIDE EUA). Enquanto a mídia ignora NOSSOS manifestos (sim, professores e alunos organizaram manifestos em prol da EDUCAÇÃO em TODO O BRASIL), "noticia" coisas inúteis, como dicas ridículas para emagrecer antes do próximo verão (como se aquelas pessoas patéticas que aparecem nas reportagem MAIS PATÉTICAS AINDA não se entupissem de cerveja nos fins de semana).<br />
<br />
E é assim que a coisa anda, MAIS DE UM MÊS DEPOIS...<br />
<br />
Longe de uma postura egoísta, queria fazer a seguinte declaração:<br />
<br />
EU NÃO AGUENTO MAIS FICAR SEM AULA; SEM ACORDAR CINCO E VINTE DA MANHÃ PRA IR PARA <a href="http://portal.ifrn.edu.br/ipanguacu">AQUELA ESCOLA</a>, TER AULAS E PAPOS COM EXCELENTES PROFESSORES/AMIGOS; SEM TER QUE ESTUDAR NOS FINS DE SEMANA PARA ALGO INTERESSANTE QUE O PROFESSOR EXPLICAVA NA AULA DA SEXTA-FEIRA; SEM FREQUENTAR A <a href="http://portal.ifrn.edu.br/ipanguacu">MINHA CASA</a> - como diz o slogan, "Minha casa, minha vida"!<br />
<br />
Então, DONA PRESIDENTA, EXIGIMOS (não estamos aqui pra pedir, você trabalha pra gente, sacou como é q funciona a coisa?) que você dê atenção às <a href="http://www.sinasefe.org.br/pauta_reiv_atualizada.pdf">REIVINDICAÇÕES DOS SERVIDORES PÚBLICOS DA EDUCAÇÃO FEDERAL</a>, e principalmente, atenda as tais, e pare de dizer nas campanhas e propagandas do governo federal que a educação está melhorando, porque você NÃO NOS ENGANA MAIS. As coisas parecem que estão bem, mas isso não é totalmente verdade. Trate de agir que temos pressa. O BRASIL TEM PRESSA!!!Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-12009135014026488292011-09-15T16:38:00.000-07:002011-09-16T05:21:43.480-07:00mais pesado, menos respiraçãoSaiba que esse seu papo de colaboração entre a sociedade não cola mais comigo. Todos os dias há uma coisa nova a se resistir. Juntos não adianta mais de muita coisa, embora eu ainda queira me aliar a alguém. Todos os dias uma nova separação, todos os dias uma nova correria. E ninguém parece saber disso.<br />
E não há mais poemas, porque não há mais tempo de ver o próprio rosto refletido na água. O tempo acabou faz tempo. Agora só nos resta esperar por um milagre. Estamos totalmente separados, e parece que tudo vai acabar no próximo instante. Nós iremos acabar. Não era para ser essa a nossa história. E agora muitos estão se aliando equivocadamente. E eu nem posso culpá-los: o trauma é grande. O trauma é desconhecido. Todos tinham um nome e todos rezavam. E quando se acabam as rezas, o que resta a se fazer, a não ser juntar-se ao raptor. E nenhum milagre. Nenhum milagre existe, na verdade. Eles não podem esquecê-los, a marca é muito profunda para se conseguir dormir a noite e não lembrar que foi (e é) um refém.<br />
Estamos totalmente abandonados. Não posso culpar quem esquece, o sofrimento é desumano!<br />
São tempos de não parar para observar o mar passar, porque o mar não está para se rolhado, e sim navegado.<br />
Repito: estamos separados, e não mais há amor para resistir, não há mais lugar para se esconder, nem aquele escapismo mundano nos copos. Todo mundo é procurado em todos os lugares, a todos os momentos, e o tempo está acabando. Isso não é nosso destino; então, como assinar?<br />
É fato que não podemos mudar muita coisa, nem nós mesmos, porque nada mais está em nossas mãos. Só nos resta contar com o acaso. Sim, a sorte finalmente parece existir. Era isso mesmo que vocês queriam? A sorte? Aí está a nossa sorte, o nosso azar. Não é tempo de mudança, mas eu, tolamente, espero que algo se transforme a nosso favor. não é uma questão de ignorar as frases de antigamente, é questão de impotência mesmo. Todos estamos impotentes. é por isso que precisamos estar juntos, podemos não ser invencíveis juntos, mas separados somos só o acaso. De fato, não há muito o que se perder. Inclusive já estou com falta de ar. Minha respiração está alterada. Não, não está tudo bem. Nada está bem. Nós temos que ser os melhores, e ainda tentar mudar o mundo. Essa é a nossa missão. Os demônios agora vêm de fora, os demônios estão cada vez mais assustadores. Todas as esquinas são assustadoras. Qualquer coisa pode ser o nosso fim, e nada mais. É isso o que se passa em nossas cabeças. Não há mais nada depois. E ainda temos que vender nossa desgraça em uma bela pintura para sobreviver com ajuda da pena dos outros, dos ditos preocupados conosco.<br />
A regra é o segredo total. Ninguém sabe como estamos. Ninguém deveria saber onde estamos. Não há como resistir, e tudo isso vai acabar. E talvez depois só haja o silêncio.Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-42254588541053616452011-09-03T21:02:00.000-07:002011-09-03T21:02:49.162-07:0001:03Quase uma da manhã, e cá estou eu nesse lugar semi-habitado. Estou com fome, o sono vem de leve e o tédio insiste para que eu saia daqui. E ainda por cima não tenho nada para escrever, nenhuma ideia legal, <a href="http://filosofiadacensura.blogspot.com/2011/09/os-demonios-e-os-homens.html">diferente de ontem</a> (ou antes de ontem, sei lá!). E como resultado, sai essa TOSQUEIRA IMUNDA MEDÍOCRE DE PSEUDO-ESCRITOR. Mas que se foda, ninguém vai ler mesmo! Que se exploda quem vier me julgar - ninguém virá, embora eu quisesse, só pra arranjar briga no twitter.<br />
<br />
Cansado de todas as músicas por hoje, mas meus ouvidos precisam de som quase o tempo todo. Essa coisa de necessitar ouvir música quase que constantemente às vezes é uma merda total. Eu fico sem saber o que ouvir. MAS QUE SE FODA DE NOVO, NINGUÉM TÁ INTERESSADO NOS MEUS PEQUENOS DRAMAS INDIVIDUALISTAS. Foda-se todo mundo!<br />
<br />
Mas aí eu vou levando as coisas do jeito que dá, e que SE DANE o que vier pela frente.<br />
Isso mesmo, palavrões em CAPS LOCK, porque a vida sem eles fica só o Num Lock: sem destaque algum e algo comum.<br />
<br />
(Acabei de ver que já passa da uma da manhã, mas que SE DANE de novo!)<br />
<br />
Mais alguma observação pra eu escrever palavrões?<br />
Não??<br />
Então, FODA-SE!!!Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-35090012951992275652011-09-02T10:03:00.000-07:002011-09-02T10:03:37.513-07:00Os demônios e os homens<div style="text-align: justify;">Podemos dizer, para começar, que um dos regentes da humanidade é a preocupação. E dela derivam a angústia, o medo e, num estágio bem avançado, o desespero. E ao falar em desespero, me lembro quase que automaticamente do Raskolnikov (se a grafia dele não for exatamente essa, perdoem-me), o jovem desesperado, culpado e auto-perseguido protagonista do épico "Crime e Castigo", que vê até mesmo no nascer do sol (isso é um resumo-hipérbole da narrativa psicológica da obra) o delator de seu duplo crime - ele assassina uma velha agiota e logo em seguida a filha da mesma, esta última vítima não planejada que estava no lugar errado e na hora errada. Todos os humanos se preocupam com alguma coisa, seja essa coisa algo extremamente fútil ou algo de vital importância. O fato é que ninguém vivem em paz. Sempre há algo nos desvirtuando da serenidade. Isso sem falar dos medos, uma notável marca humana.</div><div style="text-align: justify;">Tudo isso nos persegue, cerca-nos. Podemos chamar de demônios. Para os estúpidos conservadores de plantão, não me refiro a Lúcifer, sagaz em adquirir almas para o seu submundo. Demônios, seres obscuros. É isso, coisas obscuras que todo mundo consegue - às vezes consegue, às vezes não. Cada um tem um demônio particular, semelhante ao de alguém, mas único de alguma maneira.. Esses demônios provocam uma série de reações: tiram nosso sono, nos deixa aflitos, tira nossa atenção. Nos tira do caminho, de fato. É uma coisa toda muito louca.</div><div style="text-align: justify;">Aí, só resta a cada um esconder seus demônios. Quase sempre por vergonha. Não serei hipócrita e dizer que não tenho e não escondo os meus: eu tenho muitos, alguns eu guardo pra mim mesmo, e tento conviver com eles, porque essa é a única solução. Saber lidar com eles é a chave. Bater um papo com eles e dizer "olha, isso não foi legal, então precisamos mudar ou pelo menos melhorar isso" ajuda bastante. Isso não matará as criaturas obscuras, mas criará uma relação sadia com o deu Id. O problema está quando ignoramos, reprimimos, ou até mesmo encarceramos esses demônios. Eles vão tentar - e vão conseguir, mais cedo ou mais tarde - se libertar. As consequência serão desastrosas. E você não estará pronto para enfrentar isso. O começo de tudo será o próprio medo. Quem não se lembra de Nina Sayers, protagonista do também épico filme "Cisne Negro"? O filme conta o desafio de Nina em interpretar o Cisne Negro, sensual e sedutor, antagônico a Nina, pura e inocente. Ela começa a delirar com a pressão que está enfrentando com esse papel, e tudo porque reprime seu lado obscuro.</div><div style="text-align: justify;">Um futuro pode ser a ditadura, a repressão. Você ignorou alguma caraterística de si, e então quer que todos comportem-se da mesma maneira que você. Você é algo equivocado, deixe-me substituir por NÓS. Tudo mundo faz isso. Todo mundo se envergonha de algo e não aceita aquilo em outra pessoa. Essa é a lógica do "exorcismo".</div><div style="text-align: justify;">Acho que por enquanto é apenas isso. Essa é uma ideia que tem passado pela minha cabeça faz um tempo, e precisava desenvolvê-la em algum momento. Ninguém é obrigado a concordar com isso, são apenas ideias. Mas pelo menos tenham algum argumento para criticar, pois poderei concluir que isso não passa de uma repressão.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">P.S: Assistam Cisne Negro. É um filme fantástico. Infos <a href="http://www.cinemaqui.com.br/criticas-de-filmes/cisne-negro">aqui</a></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">P.S.2: Leiam Crime e Castigo. Tenta mostrar o que leva a pessoa a cometer um crime e o que acontece com essa pessoa posteriormente de forma marcante, envolvedora, e dolorosa. Infos <a href="http://rizzenhas.com/2010/09/23/resenha-crime-e-castigo-de-fiodor-dostoievski/">aqui</a></span></div>Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-15262964187325039432011-09-01T08:26:00.000-07:002011-09-01T08:33:56.859-07:00o velho leon e natália em coyoacán<span class="Apple-style-span" style="color: #333333; font-family: 'Lucida Grande', Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 16px;"></span><br />
<div style="font-size: 1.05em;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">desta vez não vai ter neve como em petrogrado aquele dia</span></div><div style="font-size: 1.05em;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">o céu vai estar limpo e o sol brilhando</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">você dormindo e eu sonhando</span></div><div style="font-size: 1.05em;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="font-size: 1.05em;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">nem casacos nem cossacos como em petrogrado aquele dia</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">apenas você nua e eu como nasci</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">eu dormindo e você sonhando</span></div><div style="font-size: 1.05em;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="font-size: 1.05em;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">não vai mais ter multidões gritando como em petrogrado aquele dia</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">silêncio nós dois murmúrios azuis</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">eu e você dormindo e sonhando</span></div><div style="font-size: 1.05em;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div><div style="font-size: 1.05em;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">nunca mais vai ter um dia como em petrogrado aquele dia</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">nada como um dia indo atrás do outro vindo</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">você e eu sonhando e dormindo</span></div><div style="font-size: 1.05em; font-style: italic;"><br />
</div><div style="font-size: 1.05em; font-style: italic;"><br />
</div><div style="font-size: 1.05em; font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, sans-serif;">Paulo Leminski</span></div>Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-57395533077586417812011-08-24T17:23:00.000-07:002011-08-24T17:23:03.762-07:00CLAMAMOS POR QUALIDADE NA EDUCAÇÃO PÚBLICA<br />
<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Ao ouvirmos frases como “O alicerce do país é a educação”, “A valorização do professor é fundamental para o desenvolvimento educacional”, não há como nos enganarmos: estamos falando de eleições. Os discursos políticos vêm carregados de questões sobre a melhoria do quadro atual da educação; pois a consideramos um dos setores mais importantes para o desenvolvimento da nação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">É inegável que, por meio da produção do conhecimento, um país cresce, aumentando sua renda e a qualidade de vida das pessoas. Qual mãe ou pai desse país não deseja que seus filhos tenham oportunidades que eles não tiveram? Qual pai ou mãe que nunca falou que o melhor meio de vida digno é através da educação? Quem nunca ouviu das pessoas mais vividas que o conhecimento é o maior bem da vida, o único que iremos levar pra sempre e que não há quem tome?</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">É fato que o cenário da educação tem melhorado nos últimos anos. As instituições de ensino – fundamental, médio e superior – tornaram-se locais importantes para ascensão social e muitas famílias têm investido com esperança; o que gerou melhorias significativas para a população, principalmente a que tem menos poder aquisitivo. Contudo, ainda há muito para ser feito: somente 5% do PIB (Produto Interno Bruto) é investido na educação e não há valorização dos seus profissionais. Além disso, vê-se a educação como um “gasto” e não como um investimento, pois os resultados aparecem em longo prazo e para os políticos, que administram por quatro anos, calçar uma rua renderá mais votos para reeleição.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Por meio deste texto, nós, alunos e servidores do IFRN/Campus Ipanguaçu, comunicamos à sociedade que 192 campi dos institutos federais de educação estão em greve, reivindicando melhores condições para a educação. Nós pomos nosso senso crítico e político em prática, apoiando a causa dessa greve, por reconhecermos a necessidade de cobrar respeito do governo federal e um tratamento digno com a educação pública de qualidade. Aproveitamos também para nos solidarizarmos com os servidores do governo estadual, pois a UERN está em greve reivindicando mudanças na postura do governo Rosalba. São estes, os nossos governantes, os reais responsáveis por esse prejuízo causado à sociedade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Todos nós merecemos, precisamos e acima de tudo temos “direito” a uma educação de qualidade, a um emprego decente, saúde, uma casa pra morar e chamar de nossa. E queremos deixar bem claro que apesar das coisas nesse país caminharem por vontades e apadrinhamentos políticos, nós não estamos pedindo favores e sim cobrando o que é nosso por direito. E é um crime que não tenhamos! Onde está a democracia? Afinal, que país é este?</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">É comum quando há greve a sociedade associar aos integrantes sinônimos como “vagabundos”, que “não querem trabalhar, que só querem saber do bolso deles” e tantas outras coisas... Contudo, o que não se sabe são as reais causas desse movimento e a responsabilidade acaba ficando com os envolvidos nele. Mas, ironicamente, o professor é o responsável para melhorar a cidadania. Mas, reflitamos! Esses servidores são profissionais, assim como médicos, juízes e também batalharam, estudando como eles. Então, por que eles são os mais desvalorizados? Antes de serem profissionais, será que eles não são pessoas que tem necessidades básicas como todos?</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Sociedade, precisamos acordar para as injustiças que são propagadas onde vivemos! A responsabilidade em ter uma educação de qualidade não está exclusivamente no profissional da educação. Está nas administrações públicas, sejam quais forem. Por isso, temos que cobrar deles soluções para o problema, que não é apenas de quem estuda no IFRN, pois somos privilegiados se nos compararmos às demais instituições de ensino. Mas não queremos privilégios que só atingem a uma parte da população; queremos o cumprimento desses direitos para todos!</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">As reivindicações propõem a retomada dos recursos públicos, com o fim das terceirizações (que por sinal, sai muito mais caro para o governo, logo para o nosso bolso!); a valorização dos profissionais da educação, com a reestruturação das carreiras e reajustes de salários bases (o que implica na qualidade da educação, pois como queremos uma educação de qualidade com profissionais que não sejam bem remunerados?). Inclusive, vulgarizou-se o papel do professor, pois com todas essas questões que envolvem a educação e com os salários que são pagos, a população já tem receio em relação a essa profissão, levando à evasão de profissionais de qualidade na área da educação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Outra questão é contra os projetos de lei que congela gastos com servidores e serviços públicos, estabelece avaliação para demissão dos servidores, criarem fundos privados de previdência no serviço público e demais projetos que estão em tramitação no congresso para tirar direitos adquiridos. Finalmente, no último ponto que ressaltamos, retira a estabilidade do servidor público, dando margem a manipulações e subordinações que levam à repressão da autonomia.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Portanto, é diante dessa situação da educação brasileira que estamos em greve, pois clamamos por qualidade da educação já! Se um país se desenvolve sem educação de qualidade, os serviços públicos dependerão da boa vontade dos políticos e a sociedade nunca terá autonomia. Dessa forma, as mudanças que o João, a Maria e você que está lendo essas palavras desejam nunca acontecerão.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">É por isso que estamos em GREVE, pois embora nós, atualmente no IFRN, tenhamos uma educação pública diferenciada, queremos garantir que essa qualidade seja mantida e continue em desenvolvimento. Para tanto, é preciso que o governo não pare com os investimentos. Mas, reiteramos que o que queremos garantir é uma perspectiva que seja boa para todos. E isso se chama educação e democracia.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="text-align: right;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Alunos e Servidores do IFRN, Campus Ipanguaçu</span></b></div>Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-80922469758073594312011-08-23T16:30:00.000-07:002011-08-23T16:30:38.458-07:00Democracia vs. Anarquia. (Ou não)<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">O poder feito para todos e por um conjunto certamente é tirânico. Tudo bem, são apenas divagações repentinas, sem nenhum preparo antecipado. É a tal da democracia. Até onde eu me lembro, é uma forma de governo onde se leva em consideração a vontade de todos. Ou melhor, da maioria. Mas será que vivemos realmente em uma democracia? Será que as ideias e os anseios de todos, absolutamente todos, são levados em consideração? A resposta: de jeito nenhum. Não é segredo para ninguém que muita gente é ignorada nos projetos políticos. Mas ainda assim essa ideia de “democracia” ainda é cultuada em grande parte do mundo – imagino eu.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">E qual seria a razão disso? Acredito eu que haja várias. No Brasil, talvez seja pelo fato de, depois de mais de vinte anos de um regime militar ditatorial, a ideia de eleições diretas proporcionar para muita gente a sensação de liberdade. E talvez seja isso mesmo. Ou talvez não. Não sei explicar ao certo. São apenas ideias embrionárias, mas vamos em frente. O fato de muita gente poder escolher diretamente o seu representante, gera um conforto enorme, as pessoas sentem que têm algum valor.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Mas, e por que isso não seria uma democracia? Simples. Para mim (e essa é uma ideia recente) não há democracia sem uma anarquia individual. E o que seria essa “anarquia individual”? Seria uma pessoa sem nada nem ninguém a controlando. Ela seria livre para tomar suas próprias decisões, fazer suas próprias escolhas. Além disso, cada pessoa teria suas próprias ideias, semelhantes umas às outras ou não. É óbvio que isso implica também em responsabilidades. E onde estaria o problema? A “democracia” valoriza o CONJUNTO, massacrando as particularidades de cada um. Isso sem contar os que ficam fora desse conjunto.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Enfim, essa é a minha ideia de governo democrático, um governo que torne cada cidadão autônomo.</span></div>Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1389546171280978160.post-49569587648480820462011-08-07T12:18:00.000-07:002011-08-07T12:20:34.028-07:00O Muro<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Casas, belas casas, casas sujas;</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Casas expostas, casas com muros;</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Muros altos, muros baixos, muros largos -</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">muros de todos os tipos e formas.</span><br />
<div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Criados para proteção - eu devo ter muita coragem</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Criados para introspecção - talvez eu seja extrovertido</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Tudo um monte de mentira - ou eu não tenho muros</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Não tenho? Esse poema é decorrente de um muro;</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Um muro com portões?</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Tudo estava tão vulnerável - não me julgue!</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Certas coisas devem ser desconhecidas.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">E são tantos segredos!</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Segredos que vão se acumulando com o tempo.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Momentos, instantes - compõem a vida.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Momentos passam - duram um instante.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Este é o momento - isto é um instante.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O momento do muro passou - </span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">embora eu saiba que ele seja reconstruído tijolo por tijolo.</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Mas esse é o momento fora do muro - a derrubada do muro</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Este muro estava ficando gigantesco</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">E o portão de acesso também</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Agora é mais fácil entrar</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Mas felizmente só o que está fechado pode ser aberto</span></div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Essa é a salvação.</span></div>Luis Tertulinohttp://www.blogger.com/profile/08875259044221635980noreply@blogger.com0