O espelho

Posted: domingo, 30 de janeiro de 2011 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , , , ,
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Ele um dia então decidiu
esconder sua felicidade,
apagá-la de vez dos registros.

Teria de se contentar 
com o espelho de Ojesed
Enlouqueceria
Se privaria
Esconderia
Apenas imaginaria
A vida vivida num espelho.

Seria uma vítima de Ludovico?
Negando-se a cada momento
Omitindo o desconhecido
O segredo impronunciável!

Volte tigre! Acabou o circo!!!
A vida e o espelho
A castidade e o travesseiro
A lembrança e o autoconhecimento
Eu e os culpados.

Reconstruindo Sofia

Posted: domingo, 23 de janeiro de 2011 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , , ,
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Há exatamente uma semana, eu me deparei com esse texto da minha amiga (e futura prof de english) Priscila Aliança:

No impressionante impressionismo dessa bossa
O ser-me e o anular-me se estapeiam.
Em dissonantes tabefes
A canção segue, testemunha dos meus ais:


Entre o ser-me e o anular-me,
Quem dói mais?

Após ler esse pequeno poema, uma coisa me veio à cabeça depois de um certo tempo: o desmonoramento de padrões, regras, rotinas, conceitos e outros substanbtivos semelhantes que não vêm ao caso. Eu fico me perguntando: o que é mais saudável, quebrar todos os conceitos estipulados pela ciência, recomeçando do zero, disperdiçando séculos de trabalho; ou manter tudo do jeito como está, seguir a inércia até a humanidade definhar por completo? A resposta não é tão fácil, e isso já sabemos. Com certeza, para muitas pessoas, é mais fácil/cômodo seguir a linha de tudo que já foi criado até agora, pois reformular algo que já está inteiramente pronto custa tempo, e hoje em dia tempo é sinônimo de dinheiro, lucro e capital. Ou seja, rever padrões significa (ou pelo menos se aproxima da) perda de capital e afins.
Só que para mim, essa ideia não me é lá muito agradável. Um dos meus objetivos de vida é burlar a inércia descrita por Newton três séculos atrás. Então ficar quieto na perfeição silenciosa me incomoda. Eu não tenho o que lucrar, então, tempo para mim não deve ser uma preocupação - pelo menos não agora. Isso seguindo a "linha de raciocínio" do parágrafo anterior. Eu sei que (me) dá muito trabalho, mas vale a pena.  E nem é refazer tudo o que os estudiosos propuseram nesse tempo todo, é transcender a barreira dos conceitos e fórmulas prontas das dezenas - centena, milhares até - dos livros didáticos existentes por aí. Me lembro muito bem do meu primeiro dia de aula no IFRN quase dois anos atrás. Uma aula de matemática com um professor aparentemente maluco e muito engraçado. "Tema" da aula: rever assuntos do 9º ano do Ensino Fundamental II. Sempre tive facilidade com matemática, mas naquele dia eu descobri/percebi uma coisa: muita coisa que eu tinha aprendido teria que ser revisto, ampliado e melhorado. Você tinha certeza de que já aprendera tudo sobre aquilo - na verdade eu apendi, pelo menos o que estva no livro didático - e de repende vê que não aprendera praticamente nada. Foi foda - no bom sentido! (Vale ressaltar que muita gente não gostou desse nova maneira de ver matemática, pois era muito mais complicada e dava muito mais trabalho)
Um outro bom exemplo sobre a revisão dos conceitos está na música - ou pelo menos é o que vejo. Uma banda lança um disco e seu estilo é imediatamente classificado pelos críticos. Aí a banda segue nesse estilo por mais alguns discos, até que lança um disco diferenet dos outros, fazendo as respectivas taxonomias caírem por terra. E qual é a primeira coisa que acontece - entenda-se acontece como minha percepção -? Reclassificar? Não. Surgem controvérsias e discussões por parte da mídia, críticos e público sobre o tal disco. O problema é que começam a julgar o disco como 'bom' ou 'ruim' simplesmente por ser diferente - e são apenas esses dois extremos. Mostras desses acontecimentos? O Resistance do Muse, o Chiaroscuro da Pitty, O Humbug do Arctic Monkeys, o Kid A do Radiohead. Pra mim, essas discussões chegam a ser idiotices. Qual o problema com algo novo? É sempre bom mudar de tempos em tempos. Acho que nem preciso explicar porque esses discos são os meus favoritos de suas respectivas bandas.
E há outro detalhe: o dilema e a escolha doem, mesmo naqueles que fogem da inércia natural do conhecimento. Em alguns casos, escolher entre A e B chega ser desgastante, principalmente quando A e B se opõem entre si. Mas as coisas são assim, o conhecimento não para.




P.S: Priscila Aliança é dona dos blogs Ex-Duco e Através do Monitor. Vale a pena conferir ambos.

Ministórias (1)

Posted: by Luis Tertulino in Loucuras usadas:
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Era um vez uma menina chamada Sofia. Todos a amavam, onde quer que ela fosse. Uma menina deveras singular entre os humanos. Certo dia apareceu um homem que não gostava de Sofia, e tentou  matá-la. E quase conseguiu. Só que eles destruiu o pensamento, aí ninguém lembrava mais de Sofia. Hoje Sofia tenta fazer as pessoas se lembrarem dela, não sozinha, mas com a ajuda dos que lembram dela.


       The End

Evolução

Posted: quarta-feira, 19 de janeiro de 2011 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , ,
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Estamos todos prontos. Vai começar. Talvez já tenha começado afinal. Mas eu não posso revelar nada. Tudo é um grande segredo. Hoje nada mais disso é permitido. É tudo muito novo. Novas formas. Novas cores. Novas pessoas. Tudo novo e diferente. Agora um segundo é um instante. Hoje precisa-se de muitos instantes. Se você pedir um intante, não vai conseguir pensar em ou fazer praticamente nada. O tempo é rei. Talvez sempre tenha sido, só que agora talvez esteja mais tirano. É, foi apenas isso. Pense em resultados para daqui a dois minutos. É só pegar tudo do jeito como está, juntar 'a' com 'b' e pronto. Está feito. só queremos saber o que você come no almoço, quais roupas veste em determinadosmomentos e perguntas derivadas. Isso já é mais do que suficiente. Tocou e pronto (e depois). Não precisa saber quem é. Só precisa conhecer da cintura pra baixo e, em algumas ocasiões - quase sempre -, os bolsos. Eles são muito importantes. Se amanhã estivermos vivos, está bom. Já é o suficiente. Quem se importa com daqui a cinco anos? Não se pode perder muito tempo aqui. Daqui a pouco eu tenho que voltar, então não dá pra fazer nada mais elaborado. E pra quê? Não é por isso que congelam as coisas? Não precisamos nada muito elaborado em quase nada. Veja só. Você tem oito segundos para inserir sua voz. Tum-tum-tum, Tum-tum-tum, Tum-tum-tum, Pan-pan-pan, Pan-pan-pan. Pronto, agora é com você. Faça antes que ninguém mais queira. Na próxima colocamos mais um Pan-pan-pan. Ótima palavras. Vamos colocar elas de novo nas próximas. E pra que tanta história? Mate alguém e oculte o assassino, pelo menos até o final. Deixe ela se pegar com o cunhado. Todos vão adorar. E vamos colocar também um golpe financeiro naquela empresa. Vai ser ótimo. Isso já basta. Não há necessidade de ficar se encucando para entender as coisas. Temos que escolher os remédios. São muitas pessoas, e você abe como é. Eu nem vou precisar tocar neles. Um minuto de dor e cinco (no máximo) na farmácia. Tudo estará resolvido. Pense apenas na vitrine e no cartaz. 99 por cento. Já pensou? Eu vou ter essa loja todinha pra mim. me dá o cartãi! Vou levar esse setor inteiro e pagar daqui a mil dias. É, já começou mesmo. Vai terminar. Mas é claro que não. Nada nunca vai acabar. A evolução é constante. Lenta, mas constante. Realmente lenta. Síndrome de Midas, seria isso? Mais evolução a cada instante? Isso deve ser bom.

Bons Tempos

Posted: domingo, 16 de janeiro de 2011 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: ,
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Saudades do que não vivi.
La inmortalidad.
"As a trend, as friend,
As an old memory, memory,
Memory, memory".




Lado B (A união faz a força)

Posted: quarta-feira, 12 de janeiro de 2011 by Luis Tertulino in Loucuras usadas:
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Acho que você já deve estar cansado de saber que eu gosto de rock (rock mesmo, digo). A questão é: o Rock tem vários tipos, divisões e derivados. Aí dizer: "eu gosto do rock" é algo muito abrangente, principalmente hoje em dia. E até mesmo dizer que gosta de um tal gênero de rock ainda é muito impreciso, pois tudo isso é nomenclatura, e vocês devem saber como é complicada qualquer nomenclatura que seja - chega uma hora que tal nome não dá conta de tal coisa.
Pois bem, não vim aqui falar da dificuldade de se catalogar o rock no século XXI, isso foi apenas uma introdução que eu achei legal. Vamos ao assunto. Quando se trata do meu gosto musical, muitas pessoas lembram logo de determinadas bandas, cantores, músicos, estilos e etc, como se eu só ouvisse isso. Esse com certeza é o principal equívoco que as pessoas cometem sobre mim. Eu tenho um acervo musical considerável em meu computador, e ouço tudo o que eu tenho. O que acontece é que algumas músicas são mais frequentes em minhas playlists do que outras, então as pessoas - inclusive alguns amigos - pensam que eu só gosto de no máximo 2 ou 3 bandas.
Então, eu decidi ontem (terça-feira) publicar aqui uma playlist com alguns lados B, músicas que eu escuto com pouca frequência, umas até menos de uma vez por mês. Eu pedi sugestões aos meus amigos do twitter também. Então eu montei duas playlists: a primeira com vinte músicas que eu tenho no meu computador e que alguns pessoas nem sabem que eu escuto tais - nem todas são menos frequentes; e a segunda é com as sugestões que eu recebi (agradecimentos a @RadioRockPuro).


Playlist "Lado B"









Playlist "A união faz a força"


2011

Posted: sábado, 1 de janeiro de 2011 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: ,
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Mais um ano que se passa e começa. Um segundo que muda nossas vidas, e vai sempre mudar. Interessante como não são necessárias décadas e mais décadas para a gente mudar, basta um segundo, um simples segundo, e somos pessoas novas, uma mutação anual que me instiga muitos pensamentos sobre o Homo sapiens. Tenho imensa curiosidade em ralação à essa espécie.

Ano Novo: família e/ou amigos reunidos, e aí vêm as promessas para o ano que vai coemçar em poucos minutos (ou já começou em alguns casos).Quase todas essas promessas serão em vão, porque uma hora você vai esquecer de uma ou de outra, ou de algumas, várias ou até todas. E promessa não cumprida por pessoas "comuns" é a mesma merda que promessa de político em época de campanha: se não cumpre passa a ser falta de honra.

É por isso que eu nunca fasso promessas de fim de ano para o ano seguinte. Quando você promete, aquilo passa a ser uma obrigação, e fazer algo por obrigação ou dever é muito chato, irritante e entendiante. Eu apenas tenho algumas ideias do que fazer nesse novo ano, projetos sem compromisso imediato, posso até citar a palavra sonhos.

Eu não saio dizendo que no próximo ano vou fazer dieta e perder peso, porque detesto dieta. Ficar sem comer é terrível. Eu vou agir naturalmente. Se eu perder alguns quilos, ótimo. Se não, deixa pra lá, ou pra outra oportunidade. Eu passei da fase em que acho que peso e estética andam juntos.

Não vou prometer que serei menos relaxado nos estudos. Se eu tiver vontade e empolgação de pegar nos livros e cadernos, vou me jogar neles. Mas se me der aquela tradicional preguiça, eu os jogo na estante e pronto, ou então durmo na aula. Há tempos deixei de sentir culpa por dormir numa aula (mentira sem escrúpulos!).

Não farei promessas, terei ideias de projetos, caso necessário. Sim, projetos. Parece ser uma palavra muito agradável, pois lembra metas a serem alcançadas. Sim, parece ser bom!


Então que 2011 venha com projetos, ou não. Só o próprio 2011 trará essa resposta!