Reconstruindo Sofia

Posted: domingo, 23 de janeiro de 2011 by Luis Tertulino in Loucuras usadas: , , ,
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Há exatamente uma semana, eu me deparei com esse texto da minha amiga (e futura prof de english) Priscila Aliança:

No impressionante impressionismo dessa bossa
O ser-me e o anular-me se estapeiam.
Em dissonantes tabefes
A canção segue, testemunha dos meus ais:


Entre o ser-me e o anular-me,
Quem dói mais?

Após ler esse pequeno poema, uma coisa me veio à cabeça depois de um certo tempo: o desmonoramento de padrões, regras, rotinas, conceitos e outros substanbtivos semelhantes que não vêm ao caso. Eu fico me perguntando: o que é mais saudável, quebrar todos os conceitos estipulados pela ciência, recomeçando do zero, disperdiçando séculos de trabalho; ou manter tudo do jeito como está, seguir a inércia até a humanidade definhar por completo? A resposta não é tão fácil, e isso já sabemos. Com certeza, para muitas pessoas, é mais fácil/cômodo seguir a linha de tudo que já foi criado até agora, pois reformular algo que já está inteiramente pronto custa tempo, e hoje em dia tempo é sinônimo de dinheiro, lucro e capital. Ou seja, rever padrões significa (ou pelo menos se aproxima da) perda de capital e afins.
Só que para mim, essa ideia não me é lá muito agradável. Um dos meus objetivos de vida é burlar a inércia descrita por Newton três séculos atrás. Então ficar quieto na perfeição silenciosa me incomoda. Eu não tenho o que lucrar, então, tempo para mim não deve ser uma preocupação - pelo menos não agora. Isso seguindo a "linha de raciocínio" do parágrafo anterior. Eu sei que (me) dá muito trabalho, mas vale a pena.  E nem é refazer tudo o que os estudiosos propuseram nesse tempo todo, é transcender a barreira dos conceitos e fórmulas prontas das dezenas - centena, milhares até - dos livros didáticos existentes por aí. Me lembro muito bem do meu primeiro dia de aula no IFRN quase dois anos atrás. Uma aula de matemática com um professor aparentemente maluco e muito engraçado. "Tema" da aula: rever assuntos do 9º ano do Ensino Fundamental II. Sempre tive facilidade com matemática, mas naquele dia eu descobri/percebi uma coisa: muita coisa que eu tinha aprendido teria que ser revisto, ampliado e melhorado. Você tinha certeza de que já aprendera tudo sobre aquilo - na verdade eu apendi, pelo menos o que estva no livro didático - e de repende vê que não aprendera praticamente nada. Foi foda - no bom sentido! (Vale ressaltar que muita gente não gostou desse nova maneira de ver matemática, pois era muito mais complicada e dava muito mais trabalho)
Um outro bom exemplo sobre a revisão dos conceitos está na música - ou pelo menos é o que vejo. Uma banda lança um disco e seu estilo é imediatamente classificado pelos críticos. Aí a banda segue nesse estilo por mais alguns discos, até que lança um disco diferenet dos outros, fazendo as respectivas taxonomias caírem por terra. E qual é a primeira coisa que acontece - entenda-se acontece como minha percepção -? Reclassificar? Não. Surgem controvérsias e discussões por parte da mídia, críticos e público sobre o tal disco. O problema é que começam a julgar o disco como 'bom' ou 'ruim' simplesmente por ser diferente - e são apenas esses dois extremos. Mostras desses acontecimentos? O Resistance do Muse, o Chiaroscuro da Pitty, O Humbug do Arctic Monkeys, o Kid A do Radiohead. Pra mim, essas discussões chegam a ser idiotices. Qual o problema com algo novo? É sempre bom mudar de tempos em tempos. Acho que nem preciso explicar porque esses discos são os meus favoritos de suas respectivas bandas.
E há outro detalhe: o dilema e a escolha doem, mesmo naqueles que fogem da inércia natural do conhecimento. Em alguns casos, escolher entre A e B chega ser desgastante, principalmente quando A e B se opõem entre si. Mas as coisas são assim, o conhecimento não para.




P.S: Priscila Aliança é dona dos blogs Ex-Duco e Através do Monitor. Vale a pena conferir ambos.

Ministórias (1)

Posted: by Luis Tertulino in Loucuras usadas:
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Era um vez uma menina chamada Sofia. Todos a amavam, onde quer que ela fosse. Uma menina deveras singular entre os humanos. Certo dia apareceu um homem que não gostava de Sofia, e tentou  matá-la. E quase conseguiu. Só que eles destruiu o pensamento, aí ninguém lembrava mais de Sofia. Hoje Sofia tenta fazer as pessoas se lembrarem dela, não sozinha, mas com a ajuda dos que lembram dela.


       The End